A internacionalização esteve na génese da actividade da PortugalFoods, criada em 2008. Qual é hoje o nível de internacionalização das empresas do sector agroalimentar?
O agroalimentar e a agricultura, vistos como dois sectores tradicionais, tiveram na última década um percurso extremamente importante ao nível dos processos de internacionalização, o que muito se deve àquilo que os clusters vêm fazendo. Já em 1994, quando se investiu no relatório Porter, Portugal olhou para esta dinâmica dos clusters como fundamental para o desenvolvimento. Para surpresa de todos, já então se dizia que o país deveria investir nos sectores tradicionais. No final da primeira década deste século, as estratégias de eficiência colectiva que foram desenhadas levaram a que o agroalimentar pensasse em cluster. Em 2012, a PortugalFoods, juntamente com todas as associações do sector agroalimentar, desenvolveu a estratégia para a internacionalização e propunha, com um conjunto de competências a adquirir, induzir nas empresas esta dinâmica de trabalhar em conjunto e de olhar para os mercados externos como importantes. Na altura estávamos em crise profunda, foi a altura da troika, o que levou as empresas a olhar para fora. Na última década, exportações do agroalimentar cresceram mais de 60%, o que demonstra que atingimos um estágio de presença das empresas portuguesas nos mercados externos que nos colocou num patamar muito satisfatório.
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