Entrevista

Entrevista | Guilherme d'Oliveira Martins: “Não devemos gastar mais do que podemos”

6 set 2018 00:00

O administrador da Fundação Calouste Gulbenkian é um dos oradores do Fórum Educação de Leiria e defende que a aprendizagem se faz ao longo da vida.

Leia a primeira parte da entrevista aqui.

Leia a segunda parte da entrevista aqui.

Foi ministro das Finanças e da Educação. Quem manda realmente?
Quem manda no Governo normalmente é o Conselho de Ministros e o primeiro-ministro. É fundamental haver uma partilha e uma compreensão. O rigor económico-financeiro é essencial. Se no domínio da educação temos exigências de qualidade que são prioritárias, numa sociedade com taxas de natalidade baixas e de envelhecimento muito acelerado, vamos ter gastos na saúde cada vez maiores. Não podemos esquecer que grande parte das doenças que eram incuráveis tornaram-se crónicas graças a uma medicamentação extremamente dispendiosa. Mas estamos a salvar pessoas, o que é absolutamente essencial. É indispensável que a sustentabilidade não seja apenas económica e social. Não devemos gastar mais do que podemos nem menos do que devemos e esta é que é a dificuldade. Uma sociedade adulta vai ter de sacrificar alguns domínios para poder salvar vidas, formar melhor as pessoas e não desperdiçar. Quando há corrupção há desperdício, daí a necessidade da prevenção.

A cultura em Portugal está bem divulgada?
Foi feito um inquérito pelo Eurobarómetro, que indicou que os portugueses tinham boa consciência da sua história, mas visitam pouco museus e monumentos e tinham uma participação medíocre quando se lhes pedia para apoiarem acções no domínio da conservação. É fundamental mobilizar os jovens. Terá de ser um ano virado para as escolas, com actividades que lhes permitam perceber o que é o património cultural.

Leiria quer ser Capital Europeia da Cultura. Terá condições para isso?

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