Nos últimos anos a Vangest cresceu e abriu novas unidades. O que é actualmente o grupo?
O Grupo Vangest tem crescido de forma sustentada ao longo dos anos e isso deve-se a uma forte cultura de inovação e a um permanente investimento em novas tecnologias. Hoje, o grupo apresenta-se de uma forma diversificada e diferenciada. Diversificada através de um conjunto de serviços integrados que servem toda a indústria de moldes e plásticos, desde o design de engenharia, prototipagem, fabrico de moldes, fabrico de meios de controlo e injecção de peças plásticas; e diferenciada através de um serviço de excelência que só pode ser fornecido por uma equipa de profissionais altamente qualificados com uma cultura orientada para o serviço ao cliente, como a que temos no Grupo Vangest. Estamos neste momento a apostar forte no reforço dessa mesma equipa com alguns dos melhores profissionais no nosso mercado.
Quais os mais recentes investimentos feitos e com que objectivos?
Internamente temos em curso um conjunto de investimentos que estavam previstos para este ano e que já estão quase todos concretizados. Na área do fabrico de moldes investimos num conjunto de equipamentos de elevadíssima precisão, que nos permitem um posicionamento ainda mais diferenciado em nichos de mercado de elevado valor acrescentado, e na área da injecção de plásticos investimos na criação de condições de produção alinhadas com esses mesmos nichos, e também em ferramentas de indústria 4.0 que permitirão um maior e melhor controlo e automatização dos processos.
Quais os seus objectivos a curto e médio prazo enquanto CEO do grupo?
Enquanto CEO do grupo não trabalho sozinho, tenho uma equipa excelente e estou em perfeita sintonia com o Conselho de Administraçao da Vangest, e em contacto permanente com o seu presidente, Duarte Moreira, sobre os nossos principais objectivos que estão sempre associados ao crescimento sustentado da organização, e como tal não lhes chamaria os meus objectivos, mas sim os objectivos da organização que lidero. No curto prazo pretendemos promover a consolidação do grupo, transversalizando um conjunto de serviços que no modelo anterior estavam verticalizados dentro de cada uma das empresas. Esta transversalização vai trazer mais eficiência e vai permitir uma maior especialização de alguns recursos. Pretendemos também preparar o grupo para o momento de retoma da economia que todos esperamos, e queremos fazê-lo sobretudo através de uma aposta forte nos recursos humanos, desenvolvendo as competências e as condições organizacionais essenciais a um posicionamento competitivo e diferenciado. No médio prazo queremos desenvolver a nossa visão, de sermos o melhor grupo português a operar na indústria de moldes e plásticos. Temos uma situação financeira ímpar para o fazer, sem dívida bancária, e como tal estamos apostados no crescimento orgânico, com mais investimento nas nossas fábricas, e inorgânico através de aquisições de outras empresas que sejam complementares às nossas. Até porque aquando da compra da maioria do capital do grupo em 2019 pelo nosso accionista maioritario, Zeno Partners, não foi utilizada qualquer dívida financeira. Possuimos uma reserva de capitais próprios bastante alargada, detemos ainda 100% do nosso património imobiliário, que são as nossas oito unidades de produção. Há cerca de um ano estivemos próximos de fechar uma aquisição de um grupo de dimensão similar ao nosso, mas infelizmente a incerteza que se instalou devido à Covid-19 levou à interrupção do processo. Estamos seriamente a considerar oportunidades externas ao grupo, mas com um critério de exigência muito elevado.
A indústria automóvel é uma das vossas clientes. Qual o peso que tem? Quais os principais desafios de trabalhar com esta indústria?
Sim, a indústria automóvel continua a ser o sector que tem mais peso na nossa actividade. A evolução da indústria de moldes em Portugal permitiu já há muitos anos que as empresas da nossa região desenvolvessem a capacidade de responderem positivamente às exigências deste sector. Com essa evolução assistimos ao longo dos anos a um aumento muito significativo do peso do sector no volume de negócios da esmagadora maioria das empresas, que levou em alguns casos até a uma dependência excessiva no sector. É um facto que todos necessitamos do volume que a indústria automóvel pode trazer, principalmente as empresas de maior dimensão como a nossa, mas a competitividade é enorme e as margens têm vindo a c
Sabia que pode ser assinante do JORNAL DE LEIRIA por 5 cêntimos por dia?
Não perca a oportunidade de ter nas suas mãos e sem restrições o retrato diário do que se passa em Leiria. Junte-se a nós e dê o seu apoio ao jornalismo de referência do Jornal de Leiria. Torne-se nosso assinante.