Entrevista

António Ramalho: “Aljubarrota é uma lição para o presente e para o futuro”

8 ago 2024 10:26

 O presidente da Fundação da Batalha de Aljubarrota admite o recuo no objectivo inicial de reconstituir a paisagem que existia em 1385, restringindo o projecto à área central do campo de batalha

António Ramalho
Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

Há um ano, quando tomou posse, anunciou que iriam ser feitas intervenções de valorização do Campo Militar e do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA). O que é que já foi feito e o que está previsto?

O projecto que temos em desenvolvimento visa três objectivos. O primeiro é integrar melhor o campo de batalha com o centro de interpretação. Pensamos fazê-lo trazendo mais assuntos respeitantes ao campo de batalha para a área museológica, nomeadamente, através de um espaço dedicado a Afonso do Paço - que fez grandes campanhas arqueológicas no local -, onde se procurará enquadrar o trabalho de arqueologia que se tem vindo a fazer. Simultaneamente, vamos reforçar a nossa oferta audiovisual com um filme sobre Nuno Álvares Pereira, que está praticamente terminado. Tencionamos ainda criar uma zona de exposições temporárias, que possa ligar o CIBA à importância da dinastia de Avis.

Isso pressupõe ampliar o espaço?

Ampliar não, mas utilizar melhor as áreas que temos, nomeadamente a zona central e do átrio, o primeiro andar e o espaço educativo. Na zona do campo de batalha, queremos criar mais circuitos pedonais e novos centros de interesse que ajudem à compreensão da batalha, nomeadamente, através da valorização da estrutura de defesa montada, tornando visíveis as covas do lobo e desvendado um pouco a vala central que protegia a Ala dos Namorados e a posição de D. Nuno Alvares Pereira. É um trabalho que tem de ser feito com uma cautela especial, porque se trata de um monumento nacional e porque o queremos fazer de uma forma integrada.

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