Opinião
A decadência da Europa
Com esta liderança a Europa vai ficar cada vez mais periférica e os seus cidadãos mais pobres
O presente ano marca definitivamente a decadência da Europa e a armação da China como centro de poder em paridade com os Estados Unidos. Um artigo publicado no Wall Street Journal intitulado de “A história por trás do declínio económico de um continente” mostra de forma inequívoca a decadência da Europa. Como o autor do artigo escreve “os europeus estão cada vez mais pobres e os americanos cada vez mais ricos”.
Seria possível manter a Europa como centro de poder económico e político no século XXI num mundo com potências em ascendência com muito mais recursos naturais e humanos como a China, Índia ou Rússia? Sem dúvida que sim. Mas para tal era preciso ter uma liderança europeia forte e coerente. Infelizmente os líderes europeus são, na sua maioria, fracos e curiosamente não eleitos o que torna a sua escolha um jogo de bastidores entre partidos políticos com interesses próprios muito longe dos reais interesses dos cidadãos europeus.
Dois exemplos da falta de qualidade dos líderes europeus são a presidente da comissão europeia a senhora Ursula von der Leyen e o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell. A presidente da comissão Ursula von der Leyen é uma política medíocre que sempre deixou uma marca de incompetência nos diferentes cargos que teve na Alemanha. Está a usar o conflito na Ucrânia para promover a sua imagem junto dos Estados Unidos para ser no futuro secretária-geral da NATO.
Ela é uma das principais responsáveis pelo prolongar do conflito pela sua incapacidade de promover negociações entre as partes. Parece que o seu único objetivo é promover a venda de armamento e comunicar ao público um conjunto de pacotes de sanções contra a Rússia que estão a infligir mais danos à economia europeia do que à própria Rússia como provam as previsões de crescimento o FMI para 2023. Na última previsão do FMI a Rússia deve crescer 1,5% enquanto a Alemanha deve ver a sua economia diminuir em -0,3% e a economia americana deve crescer 1,8%.
O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança Josep Borrell é outro mau exemplo de liderança europeia. A sua afirmação “O resto do mundo não é exatamente um jardim... é uma selva… que pode invadir o jardim” (que é a Europa) diz tudo deste senhor. É racista, xenófobo e incompetente e nunca deveria ser representante de uma Europa forte com peso nas decisões do mundo.
Com esta liderança a Europa vai ficar cada vez mais periférica e os seus cidadãos mais pobres enquanto os americanos, chineses e indianos mais ricos e com cada dia mais influência no mundo.