Opinião
A falácia do Portugal 2020 – Internacionalização
Nos últimos trinta anos, instalou-se o sofisma geral de que o mundo é global. E, na verdade, é. Mas não no âmbito do comércio internacional de bens e serviços.
De acordo com as estatísticas da Organização Mundial de Comércio (OMC), 68% do comércio externo europeu transita dentro da Europa; 50% do comércio internacional norte-americano situa-se na América do Norte e 52% do comércio asiático é asiático.
As empresas exportadoras desenvolvem a sua actividade internacional inseridas no modelo gradualista (e intuitivo) da escola de Uppsala – iniciam as suas operações externas com exportações não regulares e, com o tempo, se vão comprometendo, em termos de recursos da empresa, com uma atitude estratégica internacional avançada até alcançar a fase da produção externa (Investimento Directo Estrangeiro - IDE).
O compromisso exportador assumido pela empresa contempla quatro dimensões em termos de afectação de recursos internos: i) a dimensão da empresa; ii) a sua experiência internacional; iii) a estrutura organizacional; e iv) um sistema de informação integrado e contínuo entre o mercado (fornecedores e clientes) e a empresa.
Portugal é uma economia aberta, mas extremamente regional. Cerca de 70% das exportações portuguesas são intra-comunitárias, concentradas entre a Espanha, França, Alemanha, Reino Unido.
Nos últimos anos, o mercado angolano ganhou projecção, mas tem vindo a reduzir-se devido ao abrandamento da economia em Angola, devido ao preço do petróleo.
*Docente do IPLeiria
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