Opinião
Como é bom ser cidadão europeu
Da Hungria guardo sobretudo a má memória da entrada, vindo de Viena, que me fez perder meio dia de espera.
Durante os meus verdes anos eu fui um viajante compulsivo. Quando não havia grupos que me interessassem, pegava no carro e viajava por essa Europa “livre” fora. Isso tornou-se particularmente agradável, depois de 2000, quando se tornou possível ir de Lisboa a Helsínquia sem fronteiras e sem trocas de moeda.
Quando se começou a vislumbrar alguma abertura nos países ditos da “cortina de ferro” resolvi tentar a sorte. E foi assim que visitei parte da então Jugoslávia de Tito (Eslovénia e Croácia) no Verão de 1986. Gostei, e no Verão seguinte resolvi ir um pouco mais além, visitando a Hungria, que percorri até à fronteira da Ucrânia, então URSS.
A embaixada em Lisboa facilitava os vistos e fazia uma propaganda simpática dizendo que na Hungria se dizia que as coisas boas “ou eram pecado, ou faziam mal à saúde”. Budapeste e o lago Balaton encheramme as medidas. E como tinha gostado da viagem do ano anterior resolvi regressar pela Eslovénia e pela Croácia e gozar mais uns dias de praia boa e barata.
Da Hungria guardo sobretudo a má memória da entrada, vindo de Viena, que me fez perder meio dia de espera. Para não perder tempo e espaço a contar a “epopeia”, aconselho a que vejam de novo o excelente filme baseado no livro de Kundera, A Insustentável Leveza do Ser. O povo era simpático, mas a “pata” soviética fazia perder a paciência a qualquer mortal.
Este Verão, resolvi voltar à antiga Jugoslávia, visitando a Sérvia (que não conhecia), a Bósnia-Herzogovinia (de que só conhecia Mostar) e Montenegro, regressando por Dubrovnik (Croácia) que já tinha visitado em 1986.
Então parecia-me um “deserto” amuralhado, hoje surpreendeu-me pelo enorme “formigueiro” de turistas, de tal ordem que o governo da cidade pensa “racio
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