Opinião

(Des)caminhos do futuro

29 nov 2018 00:00

Desde os bancos da pré-primária que as crianças são instigadas a competir entre si, formatadas,

Vivemos num tempo sem tempo e, sobretudo, sem rumo, onde predomina a indiferença a tudo o que não nos atinja individualmente. Menosprezamos, como se ignorássemos, a evidência de que o que é mau para todos também o é, necessariamente, para nós, seja o degelo, a desflorestação da amazónia ou a poluição dos mares.

O primado do lucro e do dinheiro fácil conduz-nos, dia para dia, à morte do poder com base nas ideias, muito por causa da progressiva falta de qualidade ética e intelectual daqueles que têm dominado os aparelhos tradicionais de designação e escolha política, assistindo-se a uma cavalgante substituição do poder político pelo poder económico.

O alucinante avanço deste novo poder leva à competição desenfreada e à morte da cooperação, esta que foi, desde a “noite dos tempos”, a argamassa que cimentou as civilizações. É a vitória do niilismo e o soçobrar do humanismo.

Desde os bancos da pré-primária que as crianças são instigadas a competir entre si, formatadas, desde logo, a desenvolverem-se egoisticamente como futuros pilares da construção de um novo tempo em que impera o individualismo. Sejam os ratings das escolas, os quadros de honra ou as distinções de mérito, todos os caminh

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