Opinião
Eleições, abstenção e morosidade
Volto à abstenção que, oficialmente, está ligeiramente acima dos 50%, mas não é verdade. Vejamos.
Na sequência da última crónica publicada no JL, mais algumas considerações que gostaria de ver resolvidas no próximo quadriénio, embora a esperança disso seja diminuta para um governo mal estruturado, que se propõe governar à vista e que, dizem os adivinhos da coisa, não passará de dois anos.
Volto à abstenção que, oficialmente, está ligeiramente acima dos 50%, mas não é verdade. Vejamos.
A CNE (Comissão Nacional de Eleições) diz que os votantes inscritos são 10.810 milhões. Mas o INE estima 10.154 milhões de população residente.
Se excluirmos os que têm menos de 18 anos, cerca de 20%, temos um conjunto de população votante de 8.123 milhões, dando de barato os inscritos na emigração. O rácio dos votantes passa assim a ser de 64,6% e a abstenção de 35,4% em vez dos 51,43.
Conclusão: a reforma eleitoral deve começar, antes de mais, pela limpeza dos cadernos eleitorais.
Na crónica anterior já disse o suficiente que penso sobre este problema. Mas, já agora, deixem-me referir a morosidade dos processos eleitorais em Portugal.
Os novos deputados começam a trabalhar(?) sabe-se lá quando, e não sei quando teremos governo completo, empossado e a trabalhar(?).
Se tudo correr como de costume, teremos, no mínimo, um mês após a votação. Pois em países europeus como o Reino Unido, e mesmo a Alemanha, o prazo entre as eleições e os empossamentos não demora mais que uma semana.
Para fazer jus ao título, quero referir que todos os partidos diminuíram o número de e
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