Opinião
Eleições autárquicas (IV)
Quase três semanas após o acontecimento, pouco interesse tem comentar agora os resultados.
A campanha foi como se fosse para legislativas. Falou-se muito das políticas partidárias, muito pouco (para não dizer nada) dos problemas reais dos territórios autárquicos e das instituições que os regem, a exigir grandes reformas. Nada me surpreendeu, tem sido sempre assim. Todos ganharam inclusive os que perderam.
Parabéns a todos, pois. Como disse numa das notas anteriores, vou esperar que o governo anuncie as políticas territoriais que prometeu para depois destas eleições. Meterei a minha colher então, mas não deixarei de fazer, ainda assim, algumas considerações prévias.
As autarquias, principalmente as Câmaras, são as células base do ordenamento do território. Com a autonomia conquistada em 1976 fizeram, de uma forma geral, bom trabalho. Mas, passados mais de 40 anos, o país está muito diferente e a exigir novas medidas, novas acções também por parte das autarquias.
De uma forma geral, em termos populacionais, o país sofreu uma acentuada litoralização. Mas o despovoamento dos concelhos do interior e de todo o Alentejo é apenas relativo: despovoaram-se as aldeias, mas parte dessas populações concentraram-se nas sedes de concelho, onde há serviços e algum emprego.
A quase desertificação do campo exige novas medidas às autarquias, com possibilidades de a reverter, ao menos em parte. Há incentivos comunitários para isso, porque o fenómeno é geral a nív
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