Opinião
O Verão da indignação
Os níveis de indignação geral da população indignada deste país de indignados atingiram valores estratosféricos no que levamos até agora de Verão.
Nunca uma silly season foi tão pouco silly no conteúdo e tão silly na forma. Nem é bem silly, é mesmo só estupidez.
Nem vale a pena enumerar a maior parte das indignações. “Vocês sabem do que é que estou a falar”, diria um certo e determinado indignado profissional. Da cabeça rapada do outro, aos especialistas em fogos sentados no sofá, passando pelos delatores dos supostos malefícios do turismo para uma Lisboa (um País, vá) que, finalmente, se abre ao Mundo, não esquecendo os ainda frescos indignados homofóbicos, houve e continua a haver de tudo para todos os gostos.
Num âmbito geograficamente mais localizado, nos dias que recentemente passei em Leiria, também fiquei a saber que havia indignados com a tarja que todos os anos o Entremuralhas colocava no castelo durante o festival e que teve de “saltar”, mas que não se indignam com os panos colocados no mesmo sítio aquando da Feira Medieval, ou com o facto de Leiria continuar a ter uma zona histórica carregada de edifícios a cair, ou de um prédio em zona central que não destoaria em qualquer cenário de guerra por esse Mundo fora.
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