Opinião

Palavra dada é palavra honrada? Depende do Governo!

16 mai 2016 00:00

É consensual que a Educação carece de estabilidade nas políticas para que consigam alcançar os efeitos pretendidos

Quando se fala em “pactos de regime”, há uma área que é prioritária: a Educação. Ou seja, é consensual que a Educação carece de estabilidade nas políticas para que consigam alcançar os efeitos pretendidos. Daí que se condene a má prática, transversal a muitos governos de diferentes partidos, de mudar de política sempre que muda o titular da pasta.

Ora, o Ministro Tiago Brandão Rodrigues é o expoente máximo do que não deve ser um Ministro da Educação. É que com o mesmo titular as políticas também mudam. Espantados? Ora vejamos. Recordemo-nos da justificação para acabar com os exames nacionais a meio do ano letivo: estudar para exames é “errado, pernicioso e nocivo”.

E, pasme-se, são criadas provas de aferição já para o presente ano letivo. E não será suposto os alunos estudarem para as provas de aferição? Enfim, será curioso perceber como fez o Sr. Ministro a sua carreira académica sem ter feito algo de tão “errado, pernicioso e nocivo” que é estudar.

Depois, veio o anúncio que afinal as provas de aferição já não eram este ano, a que se seguiu uma nova modalidade: só faz quem quer! Confuso? A comunidade educativa também! Veio mais recentemente a público uma nova medida, outra anunciada a meio do ano letivo: mais uma machadada na confiança e na estabilidade do setor.

*Deputada do PSD
*Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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