Opinião

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27 set 2018 00:00

Chavões vagos que se concretizam em ações bem claras: são encerrados meios de comunicação social considerados hostis ao governo; os juízes são escolhidos pelo governo, minando a sua independência.

No dia 12 de Setembro foi aprovado no Parlamento Europeu um relatório (448 votos a favor, 197 contra – incluindo os comunistas portugueses!, 48 abstenções) sobre a violação dos valores europeus em aspetos como a liberdade de imprensa, estado de direito ou a ações contra os migrantes do regime húngaro.

Chavões vagos que se concretizam em ações bem claras: são encerrados meios de comunicação social considerados hostis ao governo; os juízes são escolhidos pelo governo, minando a sua independência; os migrantes são deportados e tratados como sub-humanos, muitas vezes mantidos em acampamentos sem condições (faz lembrar tempos idos…).

Parece, então, ter a Hungria sofrido um golpe de estado que subitamente afastou o país dos valores democráticos europeus. Mas, na verdade, Viktor Órban foi eleito primeiro-ministro em 2010 e tem vindo desde então a transformar a Hungria num “estado iliberal”, como o próprio advoga.

Os sinais são evidentes desde o início e o próprio Parlamento Europeu investigou a atuação do regime em 2013. Mas a UE continuou sem aplicar sanções nem recomendar medidas, e vários governos não se mostraram incomodados: o Fidesz continuou a fazer parte da mesma família europeia de partidos como o PSD e CDS (Portugal), para além da CDU (partido de Merkl), PP (partido de Rajoy) e UMP (partido de Sarkozy), só para citar alguns. Comprovada a deriva autoritária e ditatorial,

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