Opinião
Renascer a esperança
Depois desta calamidade teremos de saber reagir.
“Ontem vim pela serra.
Precisava.
Precisava de passar pelo esplendor natural – não queimado – da Serra da Lousã e pelo vale encantado da Ribeira de Pera.
Como um chamamento que me apelava a que olhasse, visse e interpretasse a Vida. A nossa Vida.
A nossa Vida de partilha, de equilíbrios, de dor e de fruições.
Do que tem sido e do que tem para acontecer.
Estamos cá para isso.
Com responsabilidades redobradas no querer, no fazer… no acreditar.
Parei.
Andei vagarosamente a pé por entre aquela vastidão verde de carvalhos, castanheiros, bétulas e… e…
Respirava compassadamente aquele aroma caramelerizado dos castanheiros em flor e… cheirava-me a esperança.
Muita esperança.”
26 junho, Castanheira de Pêra
De facto, depois desta calamidade que nos assolou, teremos de saber reagir e teremos de saber estar à altura das exigências. Reabilitando, reconfortando, recriando e transformando.
Reabilitando espaços, bens, empresas… e confiança para o futuro. Reconfortando pessoas, cidadãos, famílias, agentes locais. Recriando funções, atividades, dinâmicas… paisagens. E transformando o que estiver mal ou até menos bem, na mudança essencial… ao nosso alcance.
Sejamos realistas e saibamos assumir – cada um à sua medida e função – o seu papel e responsabilidade. Sim, de profissionalismo. Sim, de ação. Sim, de compromisso.
*Administrador executivo da Praia das Rocas e engenheiro florestal
Texto escrito de acordo com a nova ortografia
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