Opinião

Sentir Leiria 

12 mai 2023 11:08

É fundamental que os responsáveis políticos tenham a disponibilidade e vontade de sentir os problemas das populações

Há o péssimo hábito de alguns políticos de apenas dedicarem atenção ao contacto com as pessoas quando se aproxima um ato eleitoral. Este é, provavelmente, um dos aspetos mais críticos que afasta as pessoas da política.

Mas, o exercício de representação dos outros implica uma constante e permanente proximidade a quem se destinam as propostas e toda a ação política – as pessoas. Felizmente, há quem esteja ciente deste problema e pretenda contrariar esta abordagem oportunista às populações.

Desde que foi eleito, o presidente do PSD tem “vivido” uma semana por mês em cada um dos distritos do País. Esta semana, Luís Montenegro está no nosso distrito.

Passando pelos dezasseis concelhos e contactando com os principais temas que há anos aguardam resolução do poder central, este é um dos momentos para sensibilizar um dirigente nacional sobre os muitos desafios que temos em Leiria.

Seja a questão da ferrovia, do Pinhal de Leiria, das dificuldades do tecido empresarial, ao problema da floresta ou ao despovoamento do interior norte do nosso distrito, ou à dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, esta semana vai permitir tornar mais evidente a panóplia de assuntos que aguardam há décadas por resolução.

Esta iniciativa do presidente do PSD foi batizada com o nome “Sentir Portugal”. E é mesmo disso que se trata. É fundamental que os responsáveis políticos tenham a disponibilidade e vontade de sentir os problemas das populações. Mostrando que se propõem a ir além do que chega aos gabinetes e que só com um conhecimento da realidade é possível encontrar soluções que façam a diferença na vida das pessoas.

E há muito por fazer. A situação económica e social agudiza-se, numa crescente dificuldade de as pessoas pagarem as suas despesas essenciais e acederem a serviços públicos de qualidade e em tempo útil.

As soluções não chegam apenas do contacto com a realidade, mas este é crucial para que as respostas dos poderes públicos sejam adequadas a fazer a diferença, de facto, na vida das pessoas.