Opinião
Só os simplórios ainda não o perceberam…
Tal como num prato juntar arroz e pato não faz que nele nos apareça arroz de pato
Ao ler um artigo de opinião chamado O ambientalista simplório lembrei-me de comparar o pensamento do autor, ao gerar este artigo, a uma mistela feita de arroz e de pato, que comi num jantar este fim de semana intitulada, pomposamente, na ementa, de Arroz de pato bravo.
Talvez por estar farta de ouvir os críticos radicais a opinarem como perigoso, porque radical, o discurso de Greta Thunberg (aqui, apetece-me citar Mateus: por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão), tenho-me sentido incapaz de concordar com a ferocidade das críticas feitas ao radicalismo do discurso dos que defendem a necessidade de mudarmos os nossos consumos.
Tal como num prato juntar arroz e pato não faz que nele nos apareça arroz de pato, também não é verdade que (como é sugerido no artigo) só com uma cultura intensiva de olivais no Alentejo se baixe o preço do azeite, tornando-o acessível a todos e assim não ficarem os pobres condenados a comerem bolos!
Ora, chamemos os bois pelos nomes. O que o autor deste artigo fez foi o mesmo que o cozinheiro da mistela que comi pretendeu fazer-me: chamou arroz de pato à junção feita de forma simplista de arroz e pato, e ao adjetivar o pato de bravo tentou desviar a minha atenção da péssima confeção do prato!
Ao apontar as necessid
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