Opinião
Urbanidade rural
Renegámos a ruralidade e o potencial que a nossas aldeias tinham e têm, tanto do ponto de vista dos elementos relacionados com o material, assim como o imaterial.
Com a apetência que, cada vez mais, se desenvolve para o turismo rural, vai esvaziando a ideia cinzenta da ruralidade campestre e do êxodo rural na procura da fábrica dos milhões.
Aos poucos, a nossa região vai descobrindo o que alguns países nórdicos já praticam desde o próprio renascimento após a II Guerra Mundial.
A Aldeia, no pensamento urbano, faz lembrar as pessoas mais antigas que dedicaram a sua vida aos animais e aos terrenos agrícolas, que aos poucos vão sendo abandonados, assim como as imensas casas do fim do século XIX e do primeiro quartel do século XX.
Renegámos a ruralidade e o potencial que a nossas aldeias tinham e têm, tanto do ponto de vista dos elementos relacionados com o material, assim como o imaterial.
As vivências traduzidas em alguns aspectos urbanos dentro da ruralidade das aldeias, como são alguns exemplos que o tempo vai deixando timidamente, faz-nos pensar na preservação desse mesmo património que se traduz em algumas casas, pontes, ruas, objectos e todos os aspectos que os mesmos ainda nos transmitem pela sua aparência assim como pelos mais velhos que se vão lembrando e contando como tudo funcionava.
Urge preservar esse património rural e conseguir aproveitar o mesmo, tanto para nova ocupação habitacional, assim como para adaptação ao turismo que pode ser um excelente veículo de desenvolvimento económico, social e cultural.
*Vice-presidente do Centro de Património da Estremadura
* Esta coluna é da responsabilidade do Centro de Património da Estremadura (CEPAE)
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