Opinião
Vale a pena votar?
Quem “elege” de facto os candidatos a deputados são os secretáriosgerais/ presidentes dos partidos.
A pouco mais de 15 dias de eleições, vale a pena pensar no título que hoje escolho. Começo por dizer que sim, devemos votar porque se trata de escolher quem nos vai governar no próximo quadriénio. E devemos fazê-lo, mesmo que não concordemos com os candidatos ou com o processo eleitoral.
Votar é um dever de cidadania. Por isso, em alguns países, o voto é obrigatório. Não concordo com isso, porque é uma medida que afeta a nossa liberdade enquanto cidadãos em democracia.
Há uns anos, no Brasil, deparei-me com uma guia turística, aflita, porque tinha perdido o comprovativo de voto e não conseguia renovar a carta de condução.
Explicou-me que o voto não era obrigatório, mas quem não votasse não podia exigir nada do Estado.
Não sei se ainda é assim, mas achei que era um processo inteligente para, pelo menos, diminuir fortemente a taxa de não votantes.
Como tem vindo a acontecer nos últimos anos, a percentagem de pessoas que não votam em Portugal tem vindo a aumentar acentuadamente.
Alguns destes abstencionistas apontam as suas razões para não votar: não conhecem os candidatos a deputados, não se revêm nos partidos nem nos políticos, o sistema eleitoral que temos está viciado, etç, etc.
Mas atenção que a percentagem de não votantes engloba também pessoas mortas que, por isso, não podem votar.
A limpeza dos cadernos eleitorais, a cargo das autarquias, não é feita como devia ser. E vai continuar a sê-lo enquanto os municípios referirem a sua dimensão em eleitores e não em residentes.
Quanto ao desconhecimento dos candidatos, é um problema que se arrasta há décadas e sem solução.
Há muitos aspectos em causa, ma
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