Sociedade

Armada vigia floresta até quinta-feira

24 out 2017 00:00

Mais de 60 fuzileiros vão até quinta-feira realizar acções de dissuasão e prevenção contra incêndios em Portugal continental.

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Acção acontece no âmbito do apoio à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), segundo a Marinha Portuguesa.

A Marinha informa, no seu site, que a acção dos militares da Marinha teve início às 08:00 de domingo nos distritos de Portalegre, Setúbal e Faro e termina às 20:00 de quinta-feira.

“No âmbito do apoio da ANPC, para a realização de acções de patrulhamento dissuasor e preventivo contra os incêndios, encontram-se empenhados fuzileiros nos distritos de Portalegre, Setúbal e Faro num total de 13 patrulhas”, é indicado.

Das 13 patrulhas, oito estão no distrito de Faro, três em Setúbal e duas em Portalegre.

De acordo com a Marinha, as patrulhas foram solicitadas pela ANPC através do Estado-Maior-General das Forças Armadas e envolvem até ao momento 61 fuzileiros e 17 viaturas.

“Em Portalegre em especial, os fuzileiros têm actuado junto da população em acções de dissuasão e prevenção contra incêndios, não havendo, no entanto, a registar qualquer ocorrência”, refere a Marinha.

No domingo, o Exército também tinha anunciado que os militares iriam efectuar até quinta-feira 71 patrulhas de vigilância e dissuasão em 87 concelhos de 15 distritos do território continental.

Em comunicado, o Exército refere que as patrulhas correspondem a uma “solicitação efectuada pela Protecção Civil”, e vão envolver, “diariamente, 284 militares de 25 unidades do Exército”.

Os militares têm apoiado no combate aos incêndios, assim como em acções de protecção das populações.

No passado dia 16, cerca de 380 militares do Exército e 60 viaturas participaram em operações de vigilância, rescaldo e evacuação de locais afectados pelos incêndios, em dez concelhos do território continental.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em Junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

Lusa