Sociedade

Armando Lopes inaugura Moagem e é homenageado pelo Presidente da República

20 set 2018 00:00

Empresário, há muito radicado em França, foi homenageado com a atribuição do seu nome ao largo em frente à antiga Moagem, agora totalmente requalificada.

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Maria Anabela Silva

O “sonho”, como Armando Lopes - empresário de Ourém radicado em França há 57 anos -, se referiu ao projecto de recuperação do edifício da antiga Companhia Leiriense de Moagem, está cumprido.

A obra, que permitiu a requalificação de um imóvel com quase 800 anos de história, foi inaugurada este sábado, no mesmo dia em que a Câmara de Leiria atribuiu o nome do comendador ao largo em frente à antiga moagem, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República.

Foi, explicou Marcelo Rebelo de Sousa, uma forma de homenagear Armando Lopes, pelo seu “exemplo” e pela sua “obra”, mas também a diáspora portuguesa que “constrói portuguais fora do nosso território físico”.

Esta foi, aliás, a segunda vez que o Presidente da República descerrou uma placa toponímica com o nome do comendador. A primeira teve lugar em 2016, na cidade de Cretéil, em França, país onde o empresário chegou em 1961, com 17 anos, sem um tostão no bolso e “sem falar uma palavra em francês”, e no qual acabaria por construir um império na área da construção civil.

Um largo com uma história de amor

Hoje, Armando Lopes detém várias sociedades em França e em Portugal, que dão emprego a cerca de 500 pessoas, directa e indirectamente, e é também dono da Rádio Alfa, que emite a partir de Paris.

Em Leiria, foi responsável pela construção do Edifício 2000, investiu nos Terraços do Marachão e promoveu a construção do Monumento ao Emigrante, junto ao Maringá, tudo em redor do largo que agora tem o seu nome. Ou não fosse este um local “altamente simbólico” para Armando Lopes, que aí conheceu e se apaixonou pela esposa.

Isso mesmo foi revelado pelo próprio e sublinhado pelo “amigo” Marcelo de Rebelo de Sousa, que reconheceu não ser habitual um presidente da República inaugurar um largo, “muito menos dois”, em homenagem a uma personalidade viva.

“Fi-lo porque este homem merece esta homenagem”, alegou o chefe de Estado, que apontou Armando Lopes e a família como “exemplo de gente trabalhadora, de gente que produz riqueza, de gente que faz um esforço para distribuir essa riqueza, dedicada à comunidade e que não esquece as suas raízes”.

Além da “obra empresarial, que prestigia Portugal”, Marcelo Rebelo de Sousa destacou também o papel de Armando Lopes a “fazer pontes” entre a comunidade portuguesa emigrada em França através da Rádio Alfa e das iniciativas que promove.

“Não podia faltar por gratidão a este homem, a esta família e a esta obra”, afirmou, frisando, contudo, que a sua presença pretende também ser uma homenagem aos “milhares de portugueses espalhados pelo mundo” que “estão a construir 'portugais' fora do nosso território físic

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