Criativo de Porto de Mós brilha na DDB Moçambique

Natural de Porto de Mós, André Coelho chegou a Moçambique em 2011 para uma reunião com um cliente. “Sem se aperceber”, foi ficando, até hoje. No ano seguinte, com apenas 27 anos, assumia a direcção criativa da DDB Moçambique, agência de publicidade que acaba de entrar para o Top 10 das mais criativas de África, ocupando o 9.º lugar.

O ranking foi divulgado no mês passado, durante o African Cristal Festival, onde a empresa conquistou vários galardões, a juntar aos mais de 60 prémios que já recebeu este ano em diversos festivais internacionais de criatividade, tendo em alguns deles sido considerada “a melhor agência de língua portuguesa”.

“Este tem sido, de facto, um ano muito bom para a DDB. (…) Neste momento, somos uma das agências da África subsariana como maior visibilidade. Depois de chegarmos até aqui, o grande desafio é superarmo-nos diariamente para assim honrar os nossos clientes e diferentes stakeholders que confiam no nosso trabalho”, diz André Coelho.

Com vários prémios individuais em festivais internacionais, o jovem criativo prefere, no entanto, destacar as distinções atribuídas à equipa que lidera. “O grande prazer está nos prémios colectivos e não nos individuais”, alega, realçado o reconhecimento atribuído pela União Europeia, na edição deste ano dos CareAwars, à campanha contra a violência doméstica que desenvolveram.

Esse trabalho foi também premiado nos EUA no conceituado International Creativity Awards. A área social é, precisamente, aquela onde se enquadram os trabalhos que André Coelho considera mais relevantes na sua carreira.

Embora diga “esperar e acreditar” que o mais marcante “ainda esteja por concretizar”, recorda com “carinho” a campanha de tributo a Mário Coluna, desenvolvida para o Standard Bank aquando da morte do futebolista, em Fevereiro de 2014.

“Um projecto criado em pouco mais de 24 horas e que foi um sucesso em Moçambique”, recorda o jovem criativo, que refere também um PressAd que o convidaram a fazer para assinalar o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, pouco depois da morte de Nelson Mandela.

Outro trabalho destacado por André Coelho é o desfile que nunca deveria ter acontecido, uma acção no Mozambique Fashion Week com o objectivo de sensibilizar para a elevada taxa de violência doméstica na África do Sul.

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