Economia

E se a segurança automóvel estivesse na palma da sua mão?

23 abr 2016 00:00

Empresa de Alcobaça integra projecto inovador com base nos sinais cardíacos

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Daniela Franco Sousa

A Moldiject, fabricante de moldes, de Alcobaça, está a trabalhar com a empresa CardioID, de Lisboa, no desenvolvimento de um produto que promete fazer a diferença em matéria de segurança rodoviária.


Com base na leitura de sinais electrocardiográficos de cada indivíduo, as empresas parceiras estão a criar um produto capaz de detectar fadiga, sonolência e outros indicadores de risco, ao mesmo tempo que emite sinais de alerta aos condutores.

A tecnologia pode trazer benefícios para a condução, mas não só, conta Roberto de Souza, responsável pelo desenvolvimento do negócio na CardioID.
Segundo Roberto de Souza, a tecnologia CardioWheel consiste no desenvolvimento de circuitos electrónicos que podem ser integrados em capas, que podem, por sua vez, ser coladas ao volante do automóvel.

Desta forma, é possível reconhecer, através das palmas da mão do condutor, sinais emocionais como stress, fadiga,  sonolência e identidade do condutor.
Ao contrário de outros sistemas, que apenas avaliam o número de quilómetros percorridos, este tem a vantagem de fazer uma leitura baseada na condição do condutor, compara Roberto de Souza.

Presentemente, a CardioID “está a ultimar ensaios junto de uma empresa portuguesa de transportes”, adianta o responsável, que prevê que o produto possa estar no mercado este Verão.

Em estreita colaboração
Moldiject desenvolve encapsulamento

À Moldiject compete o desenvolvimento de  uma solução de encapsulamento desta tecnologia, explica Salomé Trigo, sócia-gerente da empresa de Alcobaça. A empresária refere que a CardioID desenvolveu um circuito electrónico para obtenção de sinais electrocardiográficos, com aplicação em diversas indústrias, e que “a Moldiject  foi a empresa convidada para participar no processo de desenho industrial e no desenvolvimento do respectivo protótipo optimizado, para o adequado encapsulamento do circuito impresso”.

Salomé Trigo acrescenta que, “no decurso deste primeiro projecto, as empresas decidiram organizar-se em torno de uma parceria de colaboração, visando incrementar o ciclo de investigação e desenvolvimento, incluindo o ciclo completo de construção de produtos, e a sua prototipagem”.

 

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