Sociedade

Ensino Profissional sofre com atraso na transferência de fundos

24 dez 2015 00:00

A Escola de Formação Social Rural e a Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, em Leiria, estão a acumular milhares de euros em dívidas a fornecedores desde o início do ano lectivo.

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 Em causa está o atraso na transferência de fundos comunitários, que representam a maior fatia do financiamento dos cursos profissionais.

O montante em dívida na Escola de Formação Social Rural, referente a transportes e alimentação, ascende a cerca de 30 mil euros. Os alunos ainda não receberam as bolsas de formação e há professores prestadores de serviços que não são pagos desde Outubro.

Paulo Clemente, presidente da Direcção da Associação de Educação e Cultura, detentora da Escola de Formação Social Rural, revela que, além de não terem recebido qualquer verba do POCH – Programa Operacional Capital Humano este ano lectivo, ainda lhes falta ser reembolsados em cerca de 100 mil euros do ano lectivo passado.

Apesar de ter recebido um adiantamento de 15%, já não têm verbas no fundo de maneio. “É aflitivo. Como não temos dinheiro, não pagamos as despesas. Se não pagamos as despesas, como é que podemos receber?”

Na Afonso Lopes Vieira, a dívida referente ao transporte é de dez mil euros e a dívida às famílias pelo atraso no pagamento das bolsas de formação é do mesmo valor, o que afecta 47% dos estudantes.

“Uma larga maioria dos alunos escolhe o ensino profissional na perspectiva de ter apoio, porque é carenciada e precisa desse apoio para prosseguir estudos”, assegura Pedro Biscaia, director.

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