Sociedade
Entrou numa prisão aos 13 anos. Trinta anos depois continua a visitar reclusos
Rute Santos integra Os Samaritanos, a associação de visitadores dos estabelecimentos prisionais de Leiria
Já passaram 30 anos, mas Rute Santos tem ainda muito presente aquele dia 8 de Março, quando entrou, pela primeira vez, na cadeia regional de Leiria. Aconteceu no dia em que completou 13 anos. Três décadas depois, continua a visitar jovens reclusos que precisam de ser escutados “sem recriminação” e de serem “chamados pelo nome” e não pelo número da cela.
“A primeira visita foi um misto de medo, pelo desconhecido, e de curiosidade. Mas fi-lo com muita confiança, transmitida pelo padre Albino [Carreira], que era o capelão da prisão. O impacto inicial, do abrir de portas, o som das chaves a bater nas grades, tal como nos filmes, impressionou”, recorda Rute Santos, que à sua espera tinha uma surpresa preparada pelas reclusas, que estavam na ala feminina – entretanto desactivada -, para assinalar o seu aniversário. “De repente, senti-me num espaço familiar e muito bem acolhida”.
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