Sociedade

Escola D. Dinis fechada por greve do pessoal não docente

21 nov 2019 08:37

Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.) aponta falta de assistentes operacionais.

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Nas reivindicações do STOP consta também a retirada do amianto dos edifícios escolares onde ainda se encontra
Jornal de Leiria

A Escola Básica 2,3 D. Dinis, em Leiria, está encerrada por greve do pessoal não docente, que sucede a outras, ocorridas nos últimos dias, designadamente, na Escola José Saraiva e na Escola Correia Mateus.

No local, estão elementos do S.T.O.P. - Sindicato de Todos os Professores, a distribuir folhetos informativos, que apontam para a falta de assistentes operacionais nos estabelecimentos de ensino.

Na perspectiva do S.T.O.P., a falta de professores e de psicólogos são também dossiês urgentes, tal como o subsídio de alojamento e de deslocação para profissionais de educação e a violência em espaço escolar.

Nas reivindicações do S.T.O.P. consta igualmente a retirada do amianto dos edifícios escolares onde ainda se encontra.

André Pestana, coordenador do S.T.O.P, afirma ao JORNAL DE LEIRIA que a escola pública "está a ficar degradada".

"Lutamos contra a falta de funcionários, a violência na escola e o sentimento de impunidade e a falta de condições dos professores. Têm-se registado casos de pais de alunos que agridem funcionários e docentes e não têm consequências. Um professor agrediu um aluno - acto reprovável - e foi de imediato alvo de processo", criticou André Pestana, revelando que os docentes agredidos "não estão a receber qualquer apoio do Ministério da Educação, nem psicológico nem jurídico".

O dirigente alerta ainda o governo para criar "melhores condições de trabalho para docentes e funcionários", porque "os beneficiários são os alunos".

André Pestana acrescentou ainda que a medida do governo para pôr fim às retenções não pode ser concretizada sem que sejam apresentadas medidas concretas. "Não há psicólogos na escola e os que existem são praticamente absorvidos pelos alunos com necessidades educativas especiais, deixando os outros sem apoio. Os professores não conseguem dar apoio individualizado quando estão assoberbados de burocracia e têm 28 a 30 alunos numa sala de aula. Todos queremos que os alunos tenham sucesso, mas é preciso criar condições."