Sociedade

Figueiró dos Vinhos aprova orçamento de cerca de 14,6 milhões de euros para 2022

16 dez 2021 20:21

A prioridade é dar continuidade à captação para instalação de novas empresas, assume o presidente

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O Município de Figueiró dos Vinhos baixou a taxa de IMI e do IRS que tem a receber
Ricardo Graça/Arquivo

O Município de Figueiró dos Vinhos aprovou o orçamento para 2022 no valor de cerca de 14,6 milhões de euros.

O orçamento foi aprovado na última reunião de executivo com a abstenção do PSD, com o valor de 14.568.071 euros, “mais cerca de dois milhões de euros face ao ano anterior”, afirmou Jorge Abreu, ao referir que o documento contempla um investimento de 5.523.208 euros.

“A prioridade é dar continuidade à captação para instalação de novas empresas, que necessitem de emprego qualificado. Só assim se pode criar postos de trabalho e fixar pessoas no concelho, que é o nosso objetivo”, revelou o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos.

Afirmando que não pode escolher as empresas, Jorge Abreu reforçou que o trabalho que continuará a desenvolver é “tentar trazer empresas – sem desprimor para nenhuma – que paguem melhores salários e possam dar melhores condições às pessoas”.

“Não interessa só dizer que queremos que as pessoas se fixem cá, temos de lhes criar condições”, insistiu.

Outra das prioridades no orçamento é “pôr em prática as AIGP - Áreas Integradas de Gestão da Paisagem”, duas já obtiveram financiamento.

“São áreas que nos permitem plantar sobreiros, medronheiros e outras espécies que servem de tampão para incêndios. São uma prioridade para proteger o concelho de um eventual incêndio”, adiantou ainda.

Jorge Abreu acrescentou que a criação de projetos para aproveitar os fundos do próximo quadro comunitário de apoio e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está contemplado no orçamento.

“Estamos já a pensar em 2030. Vem aí a ‘bazuca’, mas se não estivermos preparados passa-nos tudo ao lado. Se conseguirmos ter projetos aprovados, a máquina vai andando. Quem estiver mais bem preparado com mais projetos é quem mais ganha”, referiu.

Ao nível das principais obras, a criação do centro de proteção civil, que já está aprovado, terá um investimento no valor de 310 mil euros, e a requalificação da piscina municipal, ao nível da eficiência energética, contempla uma verba de 565 mil euros.

O autarca informou ainda que estão atribuídos cerca de 400 mil euros para a conclusão do Posto Aquícola de Campelo, o viveiro das trutas, cuja implementação teve a colaboração das universidades de Évora e de Aveiro.

Relativamente ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), a Câmara decidiu pela taxa mínima de 0,3%. “Temos ainda o IMI familiar, que beneficia os agregados familiares em 20 euros (um filho), 40 euros (dois filhos) ou 70 euros (três ou mais filhos)”, explicou.

“Desde que cheguei já se verificou uma redução de 25% no IMI. Não o fiz mais cedo, porque havia dívidas para liquidar e para pagar é preciso entrarem receitas”, justificou.

Quanto ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), o município baixou para os 3% a participação variável e continua a isentar as empresas da Derrama. “É uma ajuda para o tecido empresarial e uma forma de captar empresas”, explicou.

“Queremos criar condições para as pessoas terem uma vida saudável e manter o equilíbrio das contas, que finalmente alcançámos, após o saneamento financeiro”, rematou.