Sociedade

Greve dos professores por distrito estacionou hoje em Leiria

27 abr 2023 14:59

Luta dos docentes pela reposição do tempo perdido volta a fazer-se ouvir na região

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A greve por distrito convocada por nove sindicatos dos professores parou hoje em Leiria. Iniciada às 12 horas, o momento foi assinalado com uma concentração "simbólica" em frente à Escola Básica 2, 3 D. Dinis, em Leiria.

Cerca de duas dezenas de professores, a quem se juntaram alguns alunos, gritaram várias vezes “respeito” e “não paramos”, exibindo cartazes, bandeiras e t-shirts com mensagens com “Somos força, somos razão” e "É tempo de ser, tempo dos professores".

Este foi o arranque para concentração que está a decorrer no Largo 5 de Outubro em Leiria, com a participação de professores de todo o distrito.

As greves distritais foram convocadas por uma plataforma de nove sindicatos que inclui a Fenprof, a FNE, a Associação Sindical de Professores Licenciados (APSL), Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).

“Aquilo que está em causa não é só o que os professores trabalharam e têm direito. Se não tivermos esse tempo, 70% dos professores não chegam ao topo da carreira. E, não só não terão o salário a que têm direito agora, como não terão a pensão que precisam para sobreviver, porque isto tem consequências e impacto na futura aposentação. E por isso é que este tempo também é importante”, salientou Mário Nogueira, dirigente sindical da Fenprof - Federação Nacional dos Professores.

Para o sindicalista, “quanto mais rápido” os docentes conseguirem chegar ao topo “melhor”. “Se estiverem um ano no décimo escalão, isso tem um impacto de 2 euros na reforma. Portanto, não basta chegar lá, é preciso permanecer durante algum tempo, sob pena de não ter impacto”, referiu.

Mário Nogueira adiantou ainda que no dia 13 de Março, as nove organizações sindicais em protesto hoje em Leiria propuseram ao ministro da Educação uma proposta “à qual ele ainda não respondeu”.

A proposta prevê a “contagem faseada do tempo de serviço até ao final da legislatura, com abertura para se tiver de ser mais um ano, que seja”.

Mário Nogueira pretende ainda que o ministro “faça história” e que faça um acordo com os sindicatos no dia 06/06/23, “um dia simbólico”, para a reposição dos seis anos, seis meses e 23 dias e o fim das vagas. “Se não quiser mexer no estatuto pelo menos faça o que acontece na Madeira, que todos aqueles que chegam ao quarto ou sexto escalão sejam dispensados das vagas e seja recuperado o tempo de serviço”, acrescentou.

As greves distritais foram convocadas por uma plataforma de nove sindicatos que inclui a Fenprof, a FNE, a Associação Sindical de Professores Licenciados (APSL), Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).