Desporto
Grupo de amigos meteu mãos à obra e criou circuito de 'cross country' olímpico na Chaínça
Foram dias e dias, de marras, enxadas, motosserras e roçadoras nas mãos, a abrir caminho por onde antes era impossível passar.
Vários amigos decidiram ser arquitectos, engenheiros e operários ao mesmo tempo e juntaram-se durante vários sábados, ao sol e à chuva, ao frio e ao calor, para criar uma obra de que muito se orgulham.
O circuito de cross country olímpico da Chaínça está praticamente pronta e quem quiser já pode ir experimentá-lo. Um aviso: diz quem sabe que se trata de um percurso para homens de barba rija.
Residente naquela localidade do concelho de Leiria, Humberto Gonçalves começou a pedalar há coisa de uma década e com os comparsas das duas rodas fundou, há dois anos, os Bicipingas.
“Pelas serras, pelos caminhos rurais e pela floresta” lá se iam divertindo, aproveitando as condições “propícias” que a zona tem para a modalidade. E depois de nos últimos anos o grupo ter decidido abrir trilhos pelas matas abandonadas da Chaínça para a realização de um passeio de BTT, no final do ano passado resolveu avançar para a construção de um circuito de cross country.
Foi um atleta olímpico que serviu de gatilho ao projecto. Como Humberto Gonçalves é osteopata e faz tratamentos a David Rosa, quis “dar um rebuçado” ao desportista que ataca por estes dias o apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
“Ele treina muitas vezes naquela zona e na região não há muitos locais onde possa fazê-lo”, explicou Humberto Gonçalves. Na mata dos Marrazes até há um circuito que recebe competições internacionais mas, de resto, “é um deserto”.
Das nove provas do campeonato regional apenas uma decorre no distrito de Leiria, mais propriamente na Benedita.
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