Economia

Grupo Lena vai processar Correio da Manhã (act.)

16 set 2016 00:00

Acerca da manchete de hoje do jornal Correio da Manhã, a Comissão Executiva do Grupo Lena emitiu um comunicado com dez pontos onde rebate a informação hoje publicada.

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Depois de, numa declaração anterior, ter desmentido “total e categoricamente” o pagamento de comissões a José Sócrates, o Grupo Lena diz que “toda a manchete” é “total e completamente falsa” e que o Correio da Manhã “propagou uma mentira difamatória sem sequer tentar assegurar o mínimo contraditório”, não tendo contactado a empresa antes da publicação da notícia.

O Correio da Manhã avança hoje, sexta-feira, dia 16 de Setembro, que o presidente do Conselho de Administração do grupo de construção de Leiria, Joaquim Paulo Conceição (na fotografia), teria admitido, no decorrer de um interrogatório, na Polícia Judiciária em Junho, o pagamento de comissões.

Segundo o diário, o responsável terá sido ouvido no âmbito do processo da Operação Marquês em Junho.

“É inominável que, a pretexto de se justificarem determinadas teorias, se lance na lama a reputação de pessoas e empresas, de forma injustificada, cruel e despudorada, colocando em causa a sobrevivência de um grupo de empresas e a manutenção dos mais de dez mil postos de trabalho que, directa ou indirectamente, assegura nas várias geografias em que actua”, pode ler-se no comunicado.

O Grupo Lena conclui o documento, assegurando que irá accionar judicialmente o diário.


Leia aqui o comunicado na totalidade:

“1. Toda a manchete do Correio da Manhã de hoje é total e completamente FALSA;

2. As declarações atribuídas ao CEO do Grupo Lena, Joaquim Paulo da Conceição, pura e simplesmente nunca foram proferidas, nem em declarações no processo nem noutra qualquer situação, nem poderiam ser, uma vez que não correspondem ao seu pensamento nem ao conhecimento que tem do processo;

3. O CEO do Grupo Lena não foi ouvido na qualidade de arguido, que não é, mas sim de testemunha, sendo portanto também falsa essa alegação;

4. Se o Correio da Manhã tivesse contactado o Grupo Lena antes da elaboração da peça, como era seu dever, ter-lhes-ia sido dito isso mesmo, mas aí os factos e a verdade teriam estragado uma manchete do Correio da Manhã, o que seria desastroso para o jornal e as suas fontes;

5. Mais do que um ataque ao Grupo Lena e aos seus colaboradores, esta manchete do Correio da Manhã é um ataque à democracia, à liberdade de Imprensa e ao Estado de Direito;

6. O Correio da Manhã e/ou as suas fontes inventaram declarações e provas e o jornal propagou uma mentira difamatória sem sequer tentar assegurar o mínimo contraditório, o que é obrigatório em qualquer circunstância e, por maioria de razões, numa situação que coloca gravemente em causa a honra e a reputação de um profissional e de um grupo de empresas;

7. É inominável que, a pretexto de se justificarem determinadas teorias, se lance na lama a reputação de pessoas e empresas, de forma injustificada, cruel e despudorada, colocando em causa a sobrevivência de um grupo de empresas e a manutenção dos mais de dez mil postos de trabalho que, directa ou indirectamente, assegura nas várias geografias em que actua;

8. Já foram dadas instruções aos advogados do Grupo Lena para ser intentada mais uma acção judicial contra o Correio da Manhã, não porque isso possa compensar o mal já perpetrado, mas porque tem de ser feita, seja em que momento for, alguma justiça;

9. O Grupo Lena recorrerá igualmente a todos os meus legais ao seu alcance para tentar cessar estar perseguição do Correio da Manhã e das suas fontes e ser de alguma forma ressarcido dos incomensuráveis prejuízos, de diversa índole, que tem tido com este processo;

10. Não obstante esta perseguição, o Grupo Lena continuará, como até aqui, a colaborar activamente com a Justiça e a investigação deste processo, na certeza de que só essa disponibilidade, que tem sido e continuará a ser total e completa, permitirá o apuramento cabal dos factos.”