Sociedade

Leiria recebe 47 quilómetros de estradas nacionais e 2,7 ME para obras

16 nov 2021 17:47

Em causa, estão troços das estradas nacionais 109, 109-9, 350 e 349. Câmara passará a ter “legitimidade para intervir onde há necessidade”.

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EN109-9, entre Monte Redondo e a praia do Pedrógão, é uma das vias que vai passar para a alçada da Câmara de Leiria
Ricardo Graça/Arquivo
Maria Anabela Silva

O Município de Leiria vai assumir a gestão de 47 quilómetros de estradas nacionais no concelho, recebendo, em contrapartida, 2,7 milhões de euros para obras de recuperação das vias. 

Os acordos de aceitação dos troços em causa - EN109, EN109-9, EN350 e EN349 – foram aprovados esta tarde, em reunião de executivo, por unanimidade. 

Segundo explicou o vereador das Obras Municipais, os protocolos a celebrar entre o município e a Infraestruturas de Portugal abrangem toda a extensão da EN109 – via que liga Leiria e Figueira da Foz - no concelho, assim com a EN109-9, entre Monte Redondo e a praia do Pedrógão.
 
No caso da EN350, passará para a alçado do município o troço entre a rua Paulo VI, em Leiria, e a Caranguejeira, até ao cruzamento da Estrada Regional 357. A câmara assumirá ainda a tutela o troço da EN349 entre as Várzeas e Monte Real. 

O vereador frisou que o objectivo é integrar as vias em causa na rede municipal, havendo a perspectiva de avaliar outros troços de estradas nacionais para a sua entrega à autarquia.

“É extremamente positivo estas estradas passarem para a gestão do município, que passará a ter legitimidade para intervir onde há necessidade, tendo como prioridade a segurança rodoviária”, afirmou Ricardo Santos. 

Reconheceu o “estado muito mau das vias” a recepcionar pelo município, o presidente da Câmara acredita que, com a solução agora encontrada, que resulta de “uma negociação já com alguns meses”, haverá condições para que as obras necessárias avancem mais rapidamente. 

Gonçalo Lopes salientou ainda que serão definidas prioridades de intervenção, em articulação com as juntas de freguesia, dando primazia “às zonas mais urbanas e onde existem mais problemas de segurança rodoviária”.

A aprovação dos acordos contou com o aval dos vereadores do PSD, que pela voz de Álvaro Madureira consideram “positivo que o município fique com este património.

O autarca da oposição destacou como mais-valia o facto de a câmara ter “autonomia para resolver algumas situações” e “flexibilidade para ir melhorando” os itinerários. “O município e os munícipes ficam a ganhar”, concluiu o social-democrata.