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Linda Martini estiveram em Leiria a preparar o próximo álbum

17 mai 2023 08:59

Oito dias de residência no espaço Serra, nos arredores de Leiria, deram aos Linda Martini o primeiro esboço do disco que vai suceder a "Errôr"

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Rui Carvalho e Hélio Morais, durante uma pausa nos ensaios, na Reixida
Jornal de Leiria

“Saímos com meio esqueleto do disco feito, se decidirmos assumir estas músicas depois”, adianta Hélio Morais ao JORNAL DE LEIRIA. Os trabalhos de Linda Martini para materializar o sucessor de Errôr, o mais recente longa duração da banda de Lisboa, lançado em Fevereiro de 2022, começaram no espaço Serra, na Reixida. Oito dias de procura, composição e registo, em que, pela primeira vez, Rui Carvalho (nome artístico, Filho da Mãe, que se juntou ao grupo depois da saída de Pedro Geraldes) participou no processo de composição desde a raiz, o que, por outro lado, acontece “com o balanço” de vários meses a tocar ao vivo com Hélio Morais, André Henriques e Cláudia Guerreiro.

“A vida do Errôr ao vivo sempre foi com o Rui e na verdade o Rui acabou por compor em cima das canções que já existiam”, salienta André Henriques. Ou seja, “a persona dele e a forma dele tocar guitarra” já são familiares para os restantes elementos do colectivo.

“Estamos a fazer a experiência de nos habituarmos a tocar juntos para compor”, conclui Rui Carvalho. E “está a correr bem”.

A residência com horizonte no próximo álbum iniciou-se a 8 de Maio e prolongou-se até à última segunda-feira, dia 15.

“É a maneira mais fácil de nos juntarmos”, explica André Henriques, o modo mais eficiente de sair da rotina e de outros projectos pessoais para “estar o dia inteiro” com foco nos Linda Martini. “É um trabalho contínuo, mais produtivo”, assinala Rui Carvalho. “Começar a trabalhar cedinho, deitarmo-nos com as músicas na cabeça”. 

“Aqui ficamos com as bases daquilo que poderá ser esse tal disco”, resume André Henriques. O que está pela frente é ainda um mundo de possibilidades: “Tanto instrumentalmente como na componente dos textos tentamos sempre fazer coisas que não fizemos [antes]”.

Da Reixida, arredores de Leiria, levam seis temas com estruturas que se começam a definir, “para depois na sala de ensaios” poderem “experimentar com um bocadinho mais de critério”, comenta Hélio Morais.

Na fase de produção, “as coisas mudam” e, entretanto, muito pode acontecer, a caminho de um LP que, muito provavelmente, não vai chegar ao público antes de 2024.