Sociedade

Movimento recusa indústria petrolífera em Peniche

27 ago 2016 00:00

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O movimento Peniche Livre de Petróleo lançou no passado domingo uma petição pelo cancelamento dos contratos de prospecção e produção de petróleo na Bacia de Peniche e Bacia Lusitânica, no mar e em terra. Segundo a petição, de entre os vários pontos mencionados estão os “riscos ambientais e sócio-económicos desta actividade”, que recorda os acidentes ocorridos no Golfo do México e em Michigan, em 2010. O documento frisa ainda que “os contratos foram negociados e assinados sem consulta pública, num processo pouco transparente”, contratos esses que “têm contrapartidas financeiras insignificantes para o Estado português”.

Ricardo Vicente, investigador em alterações climáticas, revela ao JORNAL DE LEIRIA que existe um grande desconhecimento por parte dos cidadãos de Peniche em relação a estes contratos e às actividades previstas, como comprovou no lançamento desta petição. “Contactámos com centenas de pessoas na ilha que, maioritariamente, se solidarizaram com a nossa causa”, adianta, acrescentando que se realizou uma acção de sensibilização junto ao cais de embarque para a Ilha das Berlengas e recolha de assinaturas, após uma conferência de imprensa.

O investigador diz também que a mobilização da população e a transparência da informação são “factores fundamentais” para que se consiga proteger os “recursos naturais e as actividades sócio-económicas locais”. O arquipélago das Berlengas, afirma, é um local de “preservação de biodiversidade”, além de ser uma fonte de suporte a várias actividades locais, da pesca ao turismo.

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