Ponto da Boavista celebra 140 anos e sonha com requalificação

Construído em 1885, fora do Pinhal do Rei, o Ponto de Vigia da Boavista assemelha-se a um farol, edificado no meio da cidade. Volvidos 140 anos após a sua criação, este ícone da Marinha Grande encontra-se há muito desactivado e em estado de degradação. Sem grandes recursos financeiros para suportar a totalidade da obra, o Núcleo da Marinha Grande da Liga dos Combatentes, detentor deste património, procura parceiro para requalificar o Ponto da Boavista e dinamizá-lo com novas utilidades.

Paulo Cano, membro da direcção do Núcleo da Marinha Grande da Liga dos Combatentes, explica que a torre, com escadas de alvenaria, está degradada. Conta também que, há vários anos, através dos serviços centrais da Liga, tem havido apelo ao Governo, para que apoie a requalificação deste património. Esse repto também tem sido lançado junto da Câmara da Marinha Grande, sem que, até à data, tenha havido resposta, acrescenta Paulo Cano.

A intervenção é urgente para deixar segura esta construção centenária, que está edificada junto a uma estrada movimentada e encostada à Escola Secundária Pinhal do Rei. E, uma vez salvaguardada a questão da segurança, o Ponto da Boavista poderia ser visitável, objecto de interesse turístico, acredita Paulo Cano. E até usado para voltar a vigiar as redondezas em período de risco de incêndio.

Contactado pelo JL, o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande reconhece que “o Ponto da Boavista é um marco, uma referência no património” do concelho. “Estamos disponíveis para conversar com a Liga dos Combatentes, que é responsável por aquele património, e para colaborar numa solução”, afirma Paulo Vicente.

Cedido aos combatentes