Sociedade

Projectos venceram Orçamentos Participativos mas ainda não rolam

16 abr 2021 09:01

Na Marinha Grande, a pista de patinagem de velocidade continua por fazer

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Na Marinha Grande, a pista de patinagem de velocidade espera concretização desde 2017
Ricardo Graça/Arquivo
Daniela Franco Sousa

O grupo de patinagem de velocidade do Agrupamento de Escolas da Marinha Grande Poente celebrou ontem, quinta-feira, mais um aniversário, sem que o tão aguardado presente tenha chegado. A pensar nos praticantes deste grupo, bem como nos de outros clubes do concelho, Neusa Rosa propôs em 2017 a construção de uma pista de patinagem de velocidade na Marinha Grande. Embora a sua proposta tenha saído vencedora dessa edição do Orçamento Participativo (OP), a ideia continua sem sair do papel.

E os atletas manifestaram ontem o seu desagrado, na Zona Desportiva da cidade, para onde está prevista a construção da infra-estrutura.

Na região de Leiria, há vários projectos que venceram diversas edições do OP e que nunca foram concretizados. Quem propõe sente-se frustrado, já os autarcas salientam que as ideias chegam cruas, a precisar de aperfeiçoamento por parte dos serviços.

Na Marinha Grande, Neusa Rosa venceu o OP de 2017 ao propor a construção de uma pista de patinagem de velocidade, junto ao Parque Municipal de Exposições. Embora o regulamento do OP da Marinha Grande preveja que a implementação do projecto deve decorrer no ano seguinte à votação, Neusa Rosa sabe que o seu projecto ainda está a ser trabalhado, de forma a cumprir as normas do Instituto Português do Desporto e da Juventude.

Mas acredita que há “falta de vontade” da Câmara em dar mais celeridade ao processo e exemplifica com uma pista idêntica, na Calheta (Madeira), uma obra que em menos tempo já foi adjudicada. “Triste” com a situação, Neusa já não acredita que o projecto arranque neste mandato.

Por concretizar está também a requalificação do campo de jogos e zona verde, no lugar da Pedrulheira, na Marinha Grande, proposta de Ana Marta Duarte, que venceu o OP de 2018. Neste caso, a proponente acredita que a ideia não foi esquecida e supõe que o atraso se deve ao enriquecimento que a Câmara quis dar ao seu projecto inicial.

Carlos Caetano, vereador das Obras Públicas, explica que, em ambos os casos, a Autarquia entendeu valorizar as ideias iniciais, para realizar um patinódromo que fosse além da pista e um parque infantil que fosse além de um campo de jogos. Melhorias que envolvem, em qualquer das situações, verbas superiores ao tecto máximo de 100 mil euros previsto pelo regulamento.

A obra do parque infantil será adjudicada em breve por 180 mil euros, já a construção do patinódromo, a criar na Zona Desportiva, talvez possa arrancar antes do fim deste mandato, avança o vereador.

Carlos Caetano realça que as ideias dos OP chegam “cruas” e exigem trabalho até que se tornem exequíveis. E entende que, com a experiência de edições anteriores, algumas autarquias devam alterar os regulamentos, aumentando verbas e dilatando prazos.

Em Ourém, a Câmara estabeleceu uma dotação financeira de 100 mil euros para a execução dos projectos vencedores da primeira e única edição do OP, de 2019, de onde saíram duas propostas ganhadoras, ambas ainda por concretizar. Neste caso, o regulamento organiza o OP em dois momentos: o ciclo de deliberação e de definição orçamental, que tem a duração máxima de um ano, seguido pelo ciclo de execução e concretização dos projectos, que tem a duração máxima de dois anos.

Natálio Reis, vereador das Obras, também justifica o atraso da execução com o desconh

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