Economia

Proposta para reposição das 35 horas na função pública aprovada na especialidade

1 jun 2016 00:00

A versão que foi hoje votada na especialidade não define uma data limite para o horário semanal de 40 horas vigorar em alguns serviços.

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A proposta legislativa para repor as 35 horas de trabalho semanal na administração pública no dia 1 de Julho foi hoje aprovada na especialidade, com os votos favoráveis do PS, PCP e Bloco de Esquerda.

O CDS e o PSD votaram contra a proposta socialista, que foi hoje discutida e votada na especialidade na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social.

O texto do projecto de lei para reposição das 35 horas foi substituído pelo PS na segunda-feira, por uma nova versão que prevê a negociação com os sindicatos da função pública das situações de excepção que vão manter por mais algum tempo as 40 horas de trabalho para alguns funcionários, de modo a "assegurar a continuidade e qualidade dos serviços prestados".

A versão que foi hoje votada na especialidade não define uma data limite para o horário semanal de 40 horas vigorar em alguns serviços, o que, na anterior proposta, estava limitado a 31 de Dezembro.

Apesar destas alterações, a nova versão do projecto de lei n.º97/XIII/1.ª mantém o essencial da anterior redacção, que já previa uma norma transitória para permitir a reposição do horário semanal de 35 horas ao longo do segundo semestre deste ano nos serviços em que se verifique a necessidade de proceder à contratação de pessoal.

O horário de trabalho na Função Pública aumentou de 35 horas para 40 horas semanais em Setembro de 2013, sem o correspondente aumento de salário, o que tem suscitado a contestação dos trabalhadores e dos seus sindicatos, que continuam a condenar a possibilidade de as 40 horas continuarem a ser praticadas nalguns sectores, nomeadamente na saúde.

A reposição do horário das 35 horas corresponde a uma das promessas do actual Governo, sendo que o ministro das Finanças tem reiterado que a medida não pode implicar aumento de custos para o Estado.

Segundo os sindicatos representativos dos trabalhadores da função pública, o aumento do horário de trabalho representou uma quebra de 14% no valor dos salários.

Agência Lusa/Jornal de Leiria