Sociedade

PSP de Leiria decreta “excepcional mobilização de meios humanos” para jogo da Taça

7 fev 2024 17:25

o comandante justifica estas medidas com as “responsabilidades acrescidas no âmbito das suas competências funcionais, a que deverá corresponder com eficácia e profissionalismo”

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Jogo entre União de Leiria e Sporting está agendado para hoje às 20:45
Ricardo Graça
Redacção/Agência Lusa

O comandante distrital da PSP de Leiria decretou “uma excepcional mobilização de meios humanos” para o jogo União de Leiria-Sporting, da Taça de Portugal em futebol, recusando dispensas e admitindo recrutamento de agentes de folga.

Na ordem de serviço, intitulada “realização de evento de grande relevo”, o comandante da PSP de Leiria, Domingos Urbano Antunes, explica que o jogo para a Taça de Portugal poderá “exigir uma gestão excepcional de escalas de remunerados”, sendo por isso necessário “uma excepcional mobilização de meios humanos.

O comandante elenca as quatro “situações excepcionais”, designadamente “não deferimento de dispensas de serviços renumerados”, “possibilidade de escalamento em dia de folga”, “possibilidade de descanso de apenas uma hora ou depois do horário normal de serviço e o serviço remunerado” e “nomeação de não voluntários”.

Segundo a ordem de serviço, a que a Lusa teve acesso, o comandante justifica estas medidas com as “responsabilidades acrescidas no âmbito das suas competências funcionais, a que deverá corresponder com eficácia e profissionalismo”.

Numa resposta enviada à Lusa, a direcção nacional da PSP refere que “é comum difundir este tipo de directrizes excepcionais, especialmente quando existem policiamentos desportivos ou eventos de outro cariz que requerem um policiamento de grande envergadura”.

“É também comum recorrer a este tipo de medidas em períodos de férias e em situações nas quais, devido à elevada atividade operacional, não existe efetivo suficiente para garantir os policiamentos. Em comandos territoriais onde o efectivo policial, por força da dimensão do próprio comando, já é parco, este tipo de medidas torna-se ainda mais recorrente”, adianta a PSP, esclarecendo que “é usual a necessidade de nomear polícias em serviço remunerado, que não fazem parte da escala de remunerados”.

Segundo aquela força de segurança, alguns polícias são voluntários para esse efeito, no entanto, quando “o número de voluntários é insuficiente para garantir o policiamento, por imperativo de serviço e sempre como último recurso, são escalados polícias que não se voluntariaram”.

Nos últimos dias vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, o que levou no sábado ao cancelamento do jogo de futebol da I Liga entre o Famalicão e o Sporting, bem como no domingo a outras partidas da II Liga.

Apesar de não assumirem como forma de protesto, apesar de a plataforma não assumir que sejam uma forma de protesto.

Elementos da PSP e da GNR têm protagonizado vários protestos para exigirem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

A contestação teve início com a vigília do agente Pedro Costa em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a partir de 7 de Janeiro e, depois, estendeu-se a todo o país.

Nos últimos dias, alguns polícias e militares da GNR apresentaram baixas médicas, levando ao adiamento, por falta de condições de segurança, do jogo entre Famalicão e Sporting, da I Liga de futebol, no sábado, entre outras perturbações.