Viver
Quatro mil azulejos contam a história do Reguengo do Fetal
Obra de arte pública, da autoria de Bruno Gaspar, contribui para fixar a tradição no concelho da Batalha
O culto de Nossa Senhora do Fetal está na origem da chamada procissão dos caracóis e tem raízes, segundo a lenda, no aparecimento da Virgem Maria a uma pastorinha, no século XV. A figura religiosa que o povo venera há séculos é um dos elementos etnográficos representados num novo mural, da autoria do artista plástico Bruno Gaspar. É constituído por 4 mil azulejos e resulta de um projecto iniciado há dois anos, recentemente concluído.
A obra é assinada por um filho da terra e descobre-se numa fachada lateral da Casa do Povo do Reguengo do Fetal. “Onde eu vou desde a infância”, comenta Bruno Gaspar, que cresceu na povoação de Torrinhas e se recorda de ir ao médico de família na sede de freguesia, num consultório instalado no mesmo edifício em que agora interveio.
Apesar de residir em Lisboa, e de anteriormente ter vivido no estrangeiro, é com “um certo orgulho” que dá conta do convite da direcção da Casa do Povo, que, inicialmente, até tinha em perspectiva a realização de uma pintura. “Tenho um carinho muito especial pelo Reguengo do Fetal”. A ideia original evoluiu para um painel de azulejos, em que se encontra tudo aquilo “que representa a aldeia” na sua história e tradição, explica ao JORNAL DE LEIRIA.
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