Sociedade

Réplica da Imagem Peregrina de Fátima vai ser oferecia a diocese ucraniana

12 mai 2022 18:14

A imagem será benzida amanhã, no final das celebrações do 13 de Maio, e será depois enviada para Lviv

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Imagem a oferecer será idêntica àquela que está na Ucrânia desde Março e que regressará ao Santuário
DR
Maria Anabela Silva

Uma réplica da Imagem Peregrina de Fátima vai ser oferecida pelo Santuário à diocese de Lviv, na Ucrânia. O anúncio foi feito esta tarde, pelo reitor na conferência de imprensa que antecede a peregrinação internacional de maio à Cova da Iria.

Carlos Cabecinhas revelou que a bênção da imagem ocorrerá "em cerimónia simples" aquando da tradicional bênção dos "objectos religiosos que os peregrinos levarão consigo”.

Segundo o reitor, a oferta da imagem de Nossa Senhora resulta de um pedido feito pelo arcebispo metropolita de Lviv, diocese da Ucrânia onde está, neste momento, a imagem da Virgem Peregrina.

Inicialmente, o arcebispo tinha solicitado a oferta da imagem peregrina ou que a visita em curso se prologasse. A resposta à cedência foi negativa, por "uma questão de princípio", porque "a imagem peregrina parte do Santuário e regressa" ao mesmo local, justifica o reitor.

Em alternativa, o Santuário propôs a oferta de uma imagem nova, "idêntica" àquela que está na Ucrânia, que ficará na catedral de Lviv, para onde seguirá depois desta peregrinação.

Na conferência de imprensa, o reitor salientou ainda que a oração pelo fim do conflito estará "muito" presente neste 13 de maio. "A intenção na paz da Ucrânia acompanhar-nos-á de forma muito especial.

O reitor frisa que, "não se trata de uma posição política", mas de "dar destaque às grandes vítimas [o povo ucraniano], mas que não são as únicas". "Pedimos a paz para a Ucrânia. Não pedimos a desgraça para a Rússia", precisou.

"O mundo precisa da Ucrânia livre, mas também precisa da Rússia", acrescentou o bispo de Leiria-Fátima. D. José Ornelas, que, pela primeira vez, vive esta peregrinação como titular desta diocese, sublinhou ainda que não se trata de pedir "a conversão da Rússia", mas de "pedir a paz", fazendo uma diferenciação entre a Mensagem de Fátima e o contexto atual.

A situação presente "não tem que ver com um regime ateu, mas com uma deriva imperialista de um país que, violando o direito internacional, invadiu outro", especificou o bispo.