São Pedro, a festa construída pelos trabalhadores, começa este sábado em Porto de Mós

A vila está engalanada para receber a festa mais esperada do ano. Desta vez São Pedro parece benevolente, a avaliar pela previsão da meteorologia: esperam-se temperaturas altas, com autênticas noites de Verão, que convidam a sair à rua, (re)encontrar amigos e viver as festas até de madrugada. Um total de 21 tasquinhas, a cargo de outras tantas associações do concelho, estão montadas no recinto para receber os milhares de visitantes esperados.

Ao todo, são 9 dias de festa que começam este sábado, 24, prolongando-se até ao dia 2 de Julho. É um trabalho árduo, o da organização, a cargo do Fundo Social dos Trabalhadores da Câmara.

Luís Vieira, presidente da direcção, acredita que está tudo pronto para fazer história: “acho que vamos ter umas grandes festas. De ano para ano têm vindo a ser melhoradas, é para isso que trabalhamos”, afirma ao JORNAL DE LEIRIA, ele que assumiu a liderança dos órgãos sociais do Fundo há dois anos, embora desde 2016 tenha responsabilidades directivas.

Responsável pelos espaços verdes do município, Luís é “um apaixonado por Porto de Mós”, que tal como a maioria dos colegas envolvidos na festa dedica muito do seu tempo livre à organização do certame. De resto, o próprio presidente da câmara reconhece que “há aqui muita dose de voluntarismo”, e que “só assim se consegue, uma vez que não é das 9 às 5 que é possível fazer esse trabalho”.

Tal como é hábito, a autarquia atribui um subsídio ao Fundo Social, que este ano ultrapassa os 55 mil euros. O orçamento global ronda os 250 mil euros. Luís Vieira reconhece que as festas são, afinal, uma fonte de receita para a obra social do Fundo, permitindo aos trabalhadores mais alguns apoios, nomeadamente médicos, complementares à ADSE.

Grande aposta no cartaz

Apesar dos nove dias que compõem o programa completo das festas de São Pedro, a organização concentrou na segunda metade as maiores apostas de espectáculos. Logo no dia 26 o palco recebe o artista Jorge Guerreiro. Mas há outros artistas de renome no cartaz deste ano, tais como a banda Linda Martini (29), ou os DAMA (30), o MC Papillon (01 de Julho) e o cantor Nininho Vaz Maia (02), um dos mais aguardados nas festas.

Mas o programa é, como sempre, bastante diversificado. Os apreciadores da vacada podem assistir em vários dias da festa ao evento nocturno, ao mesmo tempo que o palco secundário apresenta artistas locais e regionais na vertente mais popular do certame.

Corriam os anos dourados da década de 50 quando as Festas de São Pedro ganharam forma na vila de Porto de Mós. A organização foi passando por várias entidades, mas há pelo menos três décadas que está a cargo do Fundo Social dos Trabalhadores da Câmara. Muitas foram as marcas deixadas ao longo do tempo pelos diversos intervenientes: as marchas populares (que se mantêm), o festival da canção, o concurso de vestidos de chita.

Nos últimos anos ganhou destaque a vertente gastronómica das Festas São Pedro, com um papel cada vez mais marcante no programa, tanto ao nível da diversidade como pela qualidade das Tasquinhas, asseguradas pelas associações do concelho. Têm lugar marcado os tortulhos de Mira de Aire, a Morcela do Alqueidão da Serra, mas também a “Cozinha de demonstração”, que traz à vila chefes de renome para recriar aquilo que Porto de Mós tem de melhor nos usos, costumes e produtos locais.

Este ano as Festas voltam a acolher o popular programa da TVI “Somos Portugal” (domingo, 25), que assenta arraiais no Parque Almirante Vítor Trigueiros Crespo. O Festival de Folclore, a Procissão de São Pedro, o Picadeiro, os Espetáculos Equestres, a Feira de Artesanato e de Comércio, a Feira de Divertimentos e muita animação estão prometidas em Porto de Mós, com entrada gratuita. No ano passado contabilizaram-se mais de 200 mil visitantes, número que a organização espera suplantar este ano.

Prémios D. Fuas distinguem empresas e personalidades

O emblemático António Ferraria, que há várias décadas é o rosto da Federação de Agricultores do Distrito de Leiria, será este ano distinguido com o prémio D. Fuas na categoria Carreira galardão que será entregue este sábado, dia 24, numa sessão marcada para as 15 horas.

Já o prémio responsabilidade social será este ano atribuído ao Corpo Nacional de Escuteiros nº 370, um ano depois de ter completado meio século de existência. A distinção acontece no ano em que movimento criado por Baden Powel faz 100 anos. “

Os Prémios D. Fuas vão ainda ser atribuídos às PME líder e às 10 maiores exportadoras, aquelas que emergem para as PME excelência.