Opinião

2020 - notas finais

8 jan 2021 14:57

janeiro, fevereiro e março, pelo menos, vão ser meses, absolutamente, críticos em termos de pandemia. Seria bom que as pessoas, quando se encontram nos cafés e restaurantes, não retirassem a máscara só porque estão sentadas.

PERPLEXIDADE: Se, até, viajar entre concelhos é considerado um fator de risco acrescido em termos de contágio, não se percebe porque não têm prioridade na vacinação aqueles que são obrigados a viajar entre países, por motivos profissionais, tais como pilotos, pessoal de cabina e tantos outros, que ao deslocarem-se aumentam a probabilidade de disseminação do vírus.

PREOCUPAÇÃO: Inexplicavelmente, é permitido que funcionários de lares, que tenham contraído a doença da Covid19, possam regressar dez dias após teste positivo (sim, positivo), quando a Ciência não provou, ainda, que a duração do vírus é limitada a um período tão curto de tempo. Se existe uma explicação, a mesma devia ser divulgada.

ALERTA: janeiro, fevereiro e março, pelo menos, vão ser meses, absolutamente, críticos em termos de pandemia. Seria bom que as pessoas, quando se encontram nos cafés e restaurantes, não retirassem a máscara só porque estão sentadas. A máscara só deve ser retirada no momento em que se ingere algo, devendo ser (re)colocada logo de seguida. Com a nova variante do vírus, que é 70% mais contagiosa do que a que nos tem assolado até aqui, se as pessoas respirarem, sem máscara, na direção de outras, a menos de dois metros de distância, o risco de infeção aumenta brutalmente. Manter a máscara é imperativo.

ESTRANHEZA: Está por explicar porque não são vacinados, prioritariamente, os funcionários dos serviços públicos que têm contacto direto com lares de idosos, centros de dia, serviços de apoio domiciliário, e escolas.

APREENSÃO: Sem se conhecer o resultado das festividades do Natal e Ano Novo, resta-nos esperar que não tenha sido desastrosa a decisão de ignorar a proposta da FNE, no sentido de adiar uma semana o início do segundo período letivo como forma de prevenir, ou pelo menos mitigar, uma eventual terceira vaga da Covid19.

DESCONTENTAMENTO: O ministro do ambiente perpetua o mau cheiro em Leiria ao apontar como bode expiatório a falta de vontade dos suinicultores em aderir a um novo paradigma, para não investir numa solução ambiental eficaz e duradoura, anunciando que o governo se recusa a construir a tão necessária Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES).

PRINCIPAL FIGURA DO ANO: Na Europa - Úrsula Von Der Leyen, uma líder inspirada e inspiradora. Em Portugal - Eduardo Cabrita, pelas piores razões, que são muitas.

HOMENAGEM: Drª Lídia Semião, diretora da Unidade da Ação Social do Centro Distrital de Leiria do ISS, IP., uma das mais marcantes dirigentes da Segurança Social de Leiria, neste século, que iniciou em 2020 a merecida reforma.

PARABÉNS: Dr. Licínio Carvalho, pesidente do Conselho de Administração do Hospital de Leiria, por ter iniciado, simbolicamente, a vacinação dos seus funcionários com uma assistente operacional e não com figuras de proa, pondo o valor humano dos seus colaboradores acima da categoria profissional.

GRATIDÃO: A todos os profissionais de saúde que ao longo do ano colocaram a sua saúde em risco para salvar a vida dos seus concidadãos.

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990