Opinião

A questão da demografia

23 mai 2017 00:00

Quando era caloiro em “Económicas”, no longínquo ano lectivo de 1969/70, havia uma cadeira chamada Geografia Económica Portuguesa cujo conteúdo já não me lembro bem, mas recordo que também tratava temas relacionados com demografia.

Nessa altura, estudavam-se as teorias de Thomas Robert Malthus (1766-1834), ainda nessa época considerado o mais importante autor sobre teorias de população e a relação entre os factores populacionais e as mudanças sociais.

Malthus argumentava que, devido à forte atracção entre os dois sexos, a população poderia aumentar por múltiplos, duplicando a cada 25 anos, resultando daqui que poderia não haver comida suficiente para tanta gente.

A solução enunciada por Malthus para este futuro sombrio da Humanidade, passaria pela introdução de sistemas de controlo, uns “positivos” como a fome, a doença, a guerra, as pestes e os hábitos indecorosos com mulheres e outros “negativos”, como o controlo de natalidade, através da obrigatoriedade de casamentos tardios combinados com rigorosa castidade e acompanhados com fortes restrições morais.

Como se depreende das minhas recordações da Universidade, as preocupações demográficas da época eram o contrário das actuais: filhos a mais, recursos a menos, ou não fosse a minha geração a chamada de baby boom.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.

*Economista