Opinião
Baixar os impostos!
A saída do talento e da capacidade de empreender desta geração é uma perda irreparável para o País
Com uma carga fiscal em máximos históricos, os portugueses têm sido confrontados com inúmeros constrangimentos nos serviços públicos. A frase abundantemente usada nos últimos tempos “impostos máximos e serviços públicos mínimos” é, infelizmente, o retrato da realidade.
Das escolas, aos hospitais, sem esquecer os serviços públicos que continuam a funcionar de forma intermitente, à boleia ainda dos tempos da pandemia, o acesso a serviços considerados essenciais é uma autêntica dor de cabeça.
Lamentavelmente, esta situação acontece numa altura em que as pessoas enfrentam inúmeras dificuldades em resultado do aumento brutal do custo de vida. Da alimentação às despesas com a casa, é tempo de olhar para o esforço fiscal feito pelos portugueses e fazer um alívio urgente e imediato.
Foi com estas preocupações que o PSD apresentou um conjunto de propostas de alívio fiscal, em especial, para a classe média e para os jovens. No caso de uma família em que o casal aufere, cada um, o salário médio, a redução seria de – aproximadamente – 235 euros. Era uma ajuda numa fase de aperto como a que vivemos.
No caso dos jovens o caso é mesmo crítico: temos assistido à fuga de uma geração altamente qualificada que vai para fora em busca de oportunidades de vida. A saída do talento e da capacidade de empreender desta geração é uma perda irreparável para o País.
Daí que outra das propostas do PSD seja a fixação da taxa máxima de IRS para os jovens até aos 35 anos nos 15%. Ficariam com mais rendimento disponível para em Portugal poderem desenvolver os seus projetos de vida.
Até ao momento, da parte dos responsáveis políticos do Partido Socialista, ouvimos apenas comentários com um grau de superficialidade que em nada dignificam o debate político. Desde o timing, à legitimidade para apresentar uma proposta desta natureza, ainda não sabemos como votará o PS as propostas do PSD.
Propostas que farão a diferença na vida das pessoas. Vai ou não vai o PS viabilizar as propostas do PSD? É essa a pergunta a que importa responder.