Opinião

E a árvore do ano é…

31 jan 2024 16:32

Já é conhecida a Árvore do Ano 2024

Portugal participa no concurso “Árvore Europeia do Ano” desde 2018, elegendo a representante portuguesa, numa iniciativa promovida em Portugal, pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica. 

O concurso Árvore Europeia do Ano (European Tree of the Year) realiza-se desde 2011, sendo organizada pela Environmental Partnership Association (EPA) e conta com a participação de 16 países. Com esta iniciativa, destaca-se a importância das árvores no património natural e cultural da Europa, salientando também os serviços do ecossistema que prestam à humanidade. Na edição do ano passado, venceu a Polónia pelo 2.º ano consecutivo, com um carvalho. Na edição de 2018, Portugal ficou em primeiro lugar com um sobreiro, o “Sobreiro Assobiador”.

Neste concurso, para além da beleza, tamanho ou idade da árvore, importa destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural das comunidades e as suas relações históricas.

Na edição deste ano da Árvore do Ano portuguesa, foram recebidas 44 candidaturas, tendo sido selecionadas 10 finalistas, predominando as árvores em espaço urbano. Para esta seleção, foram tidos em conta quatro critérios principais: biológicos (idade, raridade, etc.), estéticos (beleza, porte, cor, etc.), dimensão (altura, grossura do tronco, características da copa) e histórico-tradicionais (questões culturais, lendas, enquadramento). 

Desde árvores centenárias a algumas com quase quatro mil anos, estiveram a concurso como finalistas, um plátano, uma azinheira, uma camélia, um cedro, uma nogueira-do-japão, uma magnólia, duas oliveiras e dois sobreiros.

E a árvore vencedora da 7ª edição nacional da Árvore do Ano, foi a Camélia-japoneira (Camellia japonica) dos jardins centenários da Villa Margaridi, em Guimarães, que irá representar Portugal no concurso internacional, a decorrer entre 01 e 22 de fevereiro. A introdução desta espécie exótica em Portugal, ocorreu através dos navegadores portugueses, que trouxeram espécies até então desconhecidas, e que foram usadas como ornamentais um pouco por todo o país.

O segundo lugar foi ocupado pelo Sobreiro do Rei (Tapada Nacional de Mafra, Lisboa) e o terceiro pela Oliveira do Peso (Pedrogão, Vidigueira), um exemplar com quase 3.800 anos de existência. 

Qualquer um de nós, quer seja proprietário ou cidadão, pode dar a conhecer e candidatar anualmente uma ou mais árvores, neste concurso que celebra as árvores e a nossa memória.

Esta iniciativa e outras similares, como o Dia Internacional da Floresta/Dia Mundial da Árvore e o Dia da Floresta Autóctone, contribuem todos os anos para a consciencialização da população para a importância das árvores que nos rodeiam, e da salvaguarda do nosso património natural e histórico. Mas convém que nos lembremos todos os dias e não apenas uma vez por ano!