Opinião
“Eis que se fazem novas todas as coisas”
Os últimos dias foram marcados, por isso, por várias notícias e reportagens que recordam a brutalidade do que aconteceu.
Fez agora um ano desde os trágicos acontecimentos nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. Acontecimentos que chocaram o país nos dias e meses que se seguiram.
Poucos meses depois éramos surpreendidos pela repetição desta tragédia, em outubro. Não pode o tempo servir para outra coisa que não seja a de garantir que uma situação semelhante jamais se poderá repetir.
Os últimos dias foram marcados, por isso, por várias notícias e reportagens que recordam a brutalidade do que aconteceu. Mas houve uma, aliás, um documentário, que me marcou particularmente.
Do Público, “Eis que se fazem novas todas as coisas”, mostra o que ficou de Pedrógão. Sem moralismos ou miserabilismos, as personagens deste documentário são os heróis que sobreviveram. O Zeca, o Vítor, a Patrícia, a Leonor, o João “Viola”, a Dina, Neil, Catherine, Isilda e Aires.
Ao longo das quase duas horas do documentário mostram-nos, mais do que as marcas do que ficou da tragédia, a força e a coragem desconcertantes e inspiradoras de quem não baixou os braços.
Ficam-nos a espontânea e voluntária entreajuda da comunidade que se tenta preparar e trabalhar a sua resiliência, os esforços conjuntos de se ampararem todas as vítimas, que estão longe de se r
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