Opinião

Estádio II

6 out 2016 00:00

Um grupo de cidadãos descontentes organizou-se e constituiu um Movimento de Cidadãos por Leiria, para contestar alguns aspectos desse plano.

A história é simples: Em Leiria, um Plano de Mobilidade incendiou a cidade este ano. (itálico, notese, significa que é uma força de expressão...).

Um grupo de cidadãos descontentes organizou-se e constituiu um Movimento de Cidadãos por Leiria, para contestar alguns aspectos desse plano. Recolheram-se mais de 6000 assinaturas. A Assembleia Municipal criou um Grupo de Trabalho, integrando todas as forças partidárias e este Movimento, para produzir um relatório. Democrático, não?

Só que o relatório, afinal, não traduz o que se passou nas muitas reuniões de trabalho. A entrega deste pseudo-relatório (itálico, note-se) esteve agendada para o fim da sessão da Assembleia Municipal da passada sexta-feira. No próprio dia foi retirado da agenda.

Traduzindo por miúdos: A autarquia quer mudar a forma como nos movemos, ou não, na cidade. Isto interfere na vida de todos, embora nem todos tenham acompanhado o Plano de Mobilidade – coisa chata e comprida de centenas de páginas muito mais aborrecida que a novela e o futebol…

Mas se o poder eleito apresenta um plano que é contestado e se, para melhorá-lo, integra um Grupo de Trabalho, no qual ingressam os contestatários, como é que alguém vai entender a produção de um relatório final feito e redigido apenas por um dos elementos do Grupo de Trabalho?

Não faz sentido, pois não?

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