Opinião
Fátima: os nós da A1 e a ligação ao IC9
A construção de novas saídas da A1 para Fátima e a ligação do IC9 ao principal eixo rodoviário que atravessa o País, são obras fulcrais
A mobilidade em Fátima e na confluência desta com os concelhos da Batalha e de Leiria, tem sido prejudicada pela localização das portagens da A1 e pela inexistência de uma ligação direta entre esta via e o IC9. As filas que se formam na A1 e a falta de acessos adequados leva a que inúmeros veículos ligeiros e pesados circulem em áreas repletas de peregrinos, representando um risco para peões e condutores, com impacto direto na segurança e na qualidade de vida.
O tráfego intenso que se verifica nestas zonas urbanas gera dificuldades na circulação de veículos de emergência (bombeiros e forças de segurança), obrigando a que os veículos pesados tenham de percorrer percursos mais longos, com custos logísticos acrescidos, para além do inerente desgaste de estradas recentemente requalificadas pelas câmaras.
Estas situações, que têm um impacto direto na segurança e na qualidade de vida, exigem uma solução alternativa. A construção de novas saídas da A1 para Fátima, mais a norte, e a ligação do IC9 ao principal eixo rodoviário que atravessa o País, são obras fulcrais para a melhoria dos fluxos viários, para o aumento da segurança e para o incremento do desenvolvimento regional.
Do ponto de vista económico e turístico, através destas duas obras e com a melhoria da acessibilidade, facilitar-se-ia o acesso entre o interior e o litoral, para o escoamento de bens e serviços, beneficiando todo o eixo central e longitudinal existente entre a A1 e o IC9.
A Câmara Municipal de Ourém tem reivindicado junto do Governo a integração destas duas obras no novo “megapacote” de investimentos rodoviários nacionais, enquanto oportunidade estratégica para Fátima e para a região.
Cabe ao Governo a assunção da responsabilidade e da priorização deste investimento estratégico, em estreita articulação com a Estradas de Portugal, a Brisa e os concelhos limítrofes, garantindo que Fátima e este território continue a crescer de forma sustentável e segura.
Texto escrito segundo as regras do novo Acordo Ortográfico de 1990