Opinião
Inquietações setembrinas
Um pouco por todo este Portugal, estão corações a tremelicar porque para muitos, num lugar novo e sem caras reconhecíveis, começa-se a estudar. O conhecimento está na moda, e ainda bem.
Caros amigos,
Faz um tempo que não nos vemos, confesso aqui as saudades. Já sabem que vos espero bem. Aqui as palavras contam-se, tenho pressa, por isso passemos ao assunto da crónica desta semana, que já é bem tempo de uma nova!
Se eu pudesse dar um cognome a cada um dos meses, daqueles de excelentíssima majestade que coincide na muche com o jeito de quem deles é detentor, ao mês de setembro eu chamaria de Inquieto. É ele o escanzelado à espreita, mesmo à saída do verão, e que nos entra vida adentro em pezinhos de lã para não nos afugentar. E a gente cai na mesma cantoria todo o santo ano, porque ele funciona assim: não de transformações brutas, mas antes de uma fundição matreira e calculada.
E lá vai ele, a mexer e remexer no que pode: quer seja na sazão, que se avizinha chovediça; quer seja nas agendas das gentes, que começam a trabucar; ou quer seja no teto da gente nova, que parte rumo a um saber maior. E é neste último ponto que assenta a minha inquietação setembrina.
Um pouco por todo este Portugal, estão corações a tremelicar porque para muitos, num lugar novo e sem caras reconhecíveis, começa-se a estudar. O conhecimento está na moda, e ainda bem. Desse grupo de corações que tremelicam faz o meu parte.
*Estudante
Texto escrito de acordo com a nova ortografia
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