Opinião
Maio, maduro Maio
É verdade que o subsector avícola tem decisivo impacto na região, mas como olvidar a crucial área da suinicultura?
Desde do ano 69 do século passado (período subsequente a uma revolta em França) que não tínhamos notícias da cidade de Coimbra. A capital do cozido de ossos de porco tem finalmente motivos de regozijo!
A agremiação desportiva que honra esta cidade arrancou um importante empate fora com o sempre complicado Fontinhas FC, garantindo a permanência na - também sempre competitiva - Liga 3. Bons ventos sopram para os lados do Calhabé! Espera-se que o vento sudoeste continue o seu bom caminho, rapidamente atingindo as margens do Lis.
A nível local, a cidade retoma a periódica animação associada à mítica Feira de Maio, que o mais recente edil procura fazer mais sexy.
Teremos uma vez mais a oportunidade de comprar tachos de ferro e cestas de verga, jogar ioiô com bolas de serradura envolvidas em papel colorido, comprar piões e comer churros de dimensão considerável. Será porventura chegada a hora de inovar, dando o grande passo em frente já por alguns antecipado.
É verdade que o subsector avícola tem decisivo impacto na região, mas como olvidar a crucial área da suinicultura?! Interessaria talvez deixar de considerar a paisagem como mero pasto para suínos errantes, assumindo-os como actores centrais no território.
Diversas ideias têm já sido alvitradas, destacando-se a transformação deste tradicional certame numa Pig Fest, decorando a cidade sobre um dos sectores económicos que mais a destacam.
Esta opção pelo sexy pig, trabalhada não só em torno do porco, mas junto de outros suínos, parece materializar uma valiosa opção comercial, uma interessante possibilidade de internacionalização, e, na verdade, um relevante desígnio sociológico.
Ao consagrar áreas economicamente adjacentes à produção de carne e seus derivados como marcas da região, tais como a restauração e a vida noturna, a caça grossa e os curtumes.