Opinião

O Estado da Nação Política Local

31 jul 2017 00:00

Em ano de eleições, que vai determinar a mudança de muitos titulares de lugares políticos no nosso distrito, importa analisar o “Estado da Nação”, a nível local, antes de ocorrerem essas mudanças.

Previamente, é importante deixar aqui expressa a minha preocupação quanto ao que se diz estar a passar-se em Ansião.

Não acredito ser verdade que, encontrando-se ainda em funções, o atual presidente de Câmara seja “sócio” de um empreendimento situado no seu concelho que, alegadamente, lhe servirá de garantia de futuro quando devolver a cadeira do poder a Fernando Marques.

Seria mau de mais que alguém, que tutela o licenciamento de obras e a fiscalização das mesmas, dado que tem o poder político máximo no seu concelho, aceitasse uma qualquer parceria como se fosse um mero cidadão comum. Por isso, não acredito que seja verdade!

De resto, Rui Rocha, ao devolver a cadeira do poder ao seu dono, tal como Medvedev fez a Putin na Rússia, demonstra um calculismo político e uma frieza próprios de um autêntico eslavo.

Não há dúvida que, do ponto de vista político, foi o mais eficaz possível. O PSD vai manter a Câmara de Ansião, não correndo Rui Rocha os riscos suicidários do líder da concelhia de Pombal.

Dessa forma, enquanto presidente da Distrital, assegura desde logo o lugar de deputado nas próximas legislativas. De se lhe tirar o chapéu!

Ao invés, Pedro Pimpão, sabendo que está politicamente morto se perder a Câmara em Pombal, nem sequer arriscou ir como número dois de Diogo Mateus refugiando-se numa candidatura patusca à Junta de Freguesia de Pombal, com vitória garantida, assegurando, assim, emprego por mais quatro anos.

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*Jurista/autor

Texto escrito de acordo com a nova ortografia