Opinião
O já feito, o que falta fazer e o “poucochinho”
António Costa fez um ano de governo poucos dias antes do fim de 2016, com razões para estar contente pela forma como a governação lhe correu.
Teve um elogio do insuspeito Financial Times, outro da Comissão Europeia (o do melhor aluno) e viu reconhecido o seu trabalho (um balanço positivo) na mensagem de Ano Novo do Presidente da República (PR).
Houve descida consistente do desemprego, notório crescimento económico no segundo semestre de2016, que não destoa muito do ocorrido em igual período de 2015, dois orçamentos com metas melhores que as exigidas pela CE.
Além disso conseguiu inverter a maldição de Passos & Portas, que nos condenava a uma estúpida alternidade, melhorando a vida de mais de dois milhões e meio de portugueses pobres.
Veio mostrar à sociedade que há alternativas quando há inteligência para fazer as coisas certas no tempo certo. Na referida mensagem o PR sancionou a acção do Governo afirmando que, 2016, foi o ano da estabilização política e da preocupação com o rigor financeiro.
Para 2017 afirmou que tem que ser um ano de definição e execução de uma estratégia de crescimento económico sustentado. Considerou ainda a existência de uma indesmentível estabilidade social e política e o cumprimento das obrigações internacionais e comunitárias.
Disse expressamente que demos passos para corrigir injustiças e criámos um clima menos negativo cá dentro e uma imagem mais confiável lá fora, afastando o espectro da crise política iminente.
E concluía que, no entanto, muito ficou ainda por fazer. A esta mensagem do PR, um membro do Secretariado do PS (Porfírio Silva) respondia: “fizemos muito…[mas] temos muitíssimo ainda para fazer”.
*Economista
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